TIM busca parcerias com futuros “consolidadores” de mercado

VP da operadora ressalta que parcerias com previsão de compra de participação acionária serão poucas

Telecom Italia

A TIM fechou em 2020 uma parceria pela qual tem direito a receber participação acionária no C6 Bank. Novas parcerias neste moldes estão sendo negociadas com empresas de saúde, educação e de carteira digital. Segundo o vice-presidente de estratégia da empresa, Renato Ciuchini (foto abaixo), o objetivo da operadora é fechar poucas e boas parcerias do tipo.

As empresas precisam atender a alguns critérios concretos, como serem operacionais, terem capacidade de ganho de escala, bons financiadores por trás e, principalmente apresentarem potencial para se transformar em “consolidadores” dos segmentos em que atuam.

“Vemos hoje dezenas, centenas de carteiras digitais. Vamos ter isso daqui alguns anos? Acho que não. Então buscamos quem tem condição de ser um dos ganhadores desse processo”, resumiu durante o evento Tela Viva Móvel, realizado pelo site Mobile Time.

Atualmente, o movimento de parceiros nos quais pode ter participação acionária rendeu cerca de R$ 160 milhões à TIM. Esse é o valor atribuído ao 1,4% de ações que tem direito de receber do C6 Bank por ter levado mais de 1,1 milhão de clientes para a instituição financeira.

“A estratégia de receber equity é porque existe demanda dessas empresas crescerem rapidamente a base de clientes. E eles têm um valuation por cliente 5x a 10x maior que o nosso”, explicou. Se o ativo se valorizar conforme a expetativa, o retorno para a operadora será maior que o visto nas clássicas parcerias baseadas em partilha de receitas (revenue share) dos serviços de valor adicionado.

“Tem um risco associado, o investimento feito pode não se valorizar. Mas tem um lado importante de gerar valor para nossa base e que vai ao encontro de estratégia nossa de mudança de volume para valor e reduzir o churn”, justifica Ciuchini.

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Rafael Bucco

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