Telefonia fixa reduz ritmo de perda de assinantes em março
Apesar do constante declínio em número de usuários, a telefonia fixa reduziu o ritmo de perdas em março, mostram dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No terceiro mês do ano, houve 427 mil cancelamentos. Os desligamentos, portanto, ficaram abaixo dos registrados em fevereiro (638 mil) e janeiro (540 mil).
De todo modo, o Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) encerrou março com 24,52 milhões de linhas ativas em todo o País. O total aponta baixa de 1,7% na comparação com fevereiro, quando havia 24,94 milhões de linhas em operação.
Em 12 meses, o serviço perdeu mais de 2,2 milhões de clientes. Em março do ano passado, o número de linhas de telefonia fixa somava 26,78 milhões. Nesse intervalo, a queda é de 8,5%.
No que diz respeito ao mercado, os dados da Anatel mostram que a Claro segue na liderança, com 7,22 milhões de acessos de telefonia fixa. Oi e Vivo aparecem em seguida, com 6,45 milhões e 6,22 milhões de clientes, respectivamente.
Em termos de regime, as autorizadas têm maior participação nesse mercado, sendo responsáveis por 55,3% das linhas ativas. As concessionárias, consequentemente, detêm 44,7% dos acessos.
TV paga
Também perdendo assinantes mês a mês, o modelo de TV paga regulado pela Anatel – também conhecido como Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) – acelerou o ritmo de desligamentos em março. No total, os cancelamentos somaram 258 mil no terceiro mês do ano.
Com isso, nota-se que os rompimentos de contratos vêm se avolumando – foram 188 mil em janeiro e 232 mil em fevereiro.
Desse modo, o serviço encerrou março com pouco mais de 11,04 milhões de contratos ativos. A baixa mensal foi de 2,3% (a base era de 11,3 milhões em fevereiro).
Em 12 meses, a tradicional TV por assinatura, que inclui modelos como TV a cabo e por satélite, perdeu quase 2,4 milhões de clientes, tendo em vista que os acessos totalizavam 13,43 milhões em março de 2023. A queda anual é de 17,8%.
Neste segmento, a Claro também está na liderança, com 5,22 milhões de clientes. A Sky – que recentemente deixou de ser classificada como empresa com Poder de Mercado Significativo (PMS) – tem 3,19 milhões de acessos. A Oi está em terceiro lugar, com 1,34 milhão de assinantes.
Vale lembrar que os números não incluem serviços de TV por streaming, também comercializados pelas operadoras. Isso ocorre porque a modalidade não integra a Lei do SeAC. Desse modo, os dados não refletem com exatidão a realidade do mercado de TV por assinatura no País.
Inclusive, a Claro, que comercializa tanto TV a cabo quanto por streaming, já indicou que o serviço que funciona em cima do sinal de banda larga tem sido responsável por cerca de 80% das novas assinaturas.