Bancos vão investir R$ 47,4 bi em tecnologia em 2024
Experiência do cliente, inovações tecnológicas e customização de soluções estão entre os principais destinos de despesas e investimentos dos bancos em tecnologia para este ano. A informação está na 1ª etapa da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024. Segundo a pesquisa, os bancos dobraram os investimentos anuais em tecnologia em oito anos, passando de R$ 19,1 bilhões, em 2015, para 39 bilhões em 2023, uma alta de 104%. Para 2024, o orçamento total dos bancos brasileiros destinados à tecnologia, englobando despesas e investimentos, deverá atingir R$ 47,4 bilhões. A coleta de dados foi realizada entre novembro de 2023 e março de 2024 com a participação de 24 bancos, o que representa 81% dos ativos da indústria bancária no Brasil.
De acordo com os respondentes, em 2024, os bancos vão priorizar a experiência do cliente (83%), inovações tecnológicas (71%), personalização de produtos e serviços (63%), segurança e privacidade de ponta (58%), responsabilidade social e sustentabilidade (54%), bem como ofertas integradas de ecossistema (54%).
“A pandemia acelerou o processo de digitalização da tecnologia bancária, juntamente com o nascimento do Pix, a implementação do open finance e, no momento, a chegada do Drex, resultando em uma maior oferta de produtos e serviços para nosso cliente. Tudo isto reflete nestas prioridades dos bancos para explorar novos formatos de atendimento e busca por excelência operacional”, explica Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária.
Nesse cenário, os profissionais de tecnologia da informação (TI) vêm ganhando espaço na indústria bancária. O estudo da Febraban mostra que atualmente eles somam 45,3 mil, um aumento de 22% no total de funcionários em relação a 2023. Até o fim do ano, esse número pode chegar a 54,1 mil pessoas.
Tecnologia de IA nos bancos
Já a inteligência artificial, especialmente a generativa, é utilizada por 54% dos bancos participantes do estudo. Entre as aplicações de Inteligência Artificial utilizadas pelos bancos estão: biometria facial (75%), chatbot (71%), RPA (67%), IA generativa (54%) e inteligência cognitiva (25%). “A pesquisa indicou que, para os bancos que já implementaram a IA, a eficiência dos processos bancários se elevou a uma taxa média de 11%”, afirma Sergio Biagini, sócio-líder da Deloitte para a Indústria de Serviços Financeiros.
Em relação à expectativa de adesão à iniciativa de Open Finance, a pesquisa mostra que os bancos pretendem atingir de 6% a 20% de aderência de sua base ativa até o final do ano. (Com assessoria de imprensa)