TCU libera TAC da Telefônica, que deve ser assinado este ano

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) acompanhou, por unanimidade, o voto do ministro Bruno Dantas, que recomentou a aprovação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a Anatel e a Telefônica. A aprovação do acordo, no valor de R$ 1,7 bilhão em multas, aconteceu após uma lista de ressalvas, recomendações e propostas de mudanças. Mesmo assim, o ministro negou que o TAC representasse prejuízo ao erário que teria sido provocado pelos conselheiros da Anatel no valor de R$ 137 milhões. “Não vislumbro óbice à celebração do TAC com Telefônica desde que atendidas todas as determinações. Ou seja, [a Anatel] cumpre primeiro as determinações, e só depois assinará o TAC”, afirmou Dantas. O novo contrato terá que ser julgado novamente.
(Crédito: Shutterstock Sergign)
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O TCU aprovou hoje, 27, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no valor de R$ 1,7 bilhão em multas, que deverão se transformar em cerca de R$ 4 bilhões em investimentos em banda larga da Telefônica. Mas foi feito um elenco de determinações que a Anatel terá que acatar antes de assinar o acordo.

Segundo o ministro Bruno Dantas, a agência terá que adequar o acordo às determinações aprovadas pelo Tribunal, em 30 dias. E reenviar o acordo para novo julgamento do TCU. O ministro disse à imprensa que espera que, em no máximo 60 dias, o acordo esteja sacramentado.

Segundo Dantas, somente este TAC terá o acompanhamento prévio do TCU. Os demais, se a agência seguir tudo o que for deliberado,poderão ser assinados sem precisar da aprovação do tribunal. “O TAC terá o olhar atento do Tribunal, que vigiará tanto o termo como irá acompanhar as obrigações. Cabe ao TCU se posicionar quanto às legalidades e ao interesse público, mas não cabe ao tribunal decidir sobre as questões técnicas”, disse o ministro.

Protestos

Embora a aprovação do acordo tenha sido aprovado por unanimidade do tribunal, três ministros – José Múcio Monteiro, Augusto Nardes e Aroldo Cedraz protestaram contra os seus termos. Para Monteiro, a concentração dos investimentos da Telefônica apenas na região de São Paulo provoca uma grande distorção, o que o compelia a não aprovar o acordo.

Nardes, por sua vez,  disse que não pediria vistas do TAC porque estava atendendo a um apelo do relator para a sua aprovação; e Cedraz, por sua vez, chegou a dizer ” voto a favor, mas querendo votar contra”.

Leia aqui a íntegra da manifestação do TCU

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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