
Selic: Copom eleva taxa básica de juros para 11,25%
Aumento de 0,5 p.p. teve como justificativa o ambiente externo "desafiador" em função, principalmente, da economia dos Estados Unidos, inflação alta no Brasil e política fiscal
Aumento de 0,5 p.p. teve como justificativa o ambiente externo "desafiador" em função, principalmente, da economia dos Estados Unidos, inflação alta no Brasil e política fiscal
Copom corta 0,25 ponto percentual da Selic
A taxa básica de juros da economia caiu de 10,75% para 10,5% ao ano. Corte de 0,25 p.p. interrompe ritmo de seis reduções consecutivas de 0,5 p.p.
Ao manter a taxa básica de juros em 13,75%, o Banco Central afirma que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste da Selic.
O Banco Central interrompeu um ciclo de 12 altas consecutivas na taxa básica de juros, desde março de 2021, quando estava em 2% ao ano.
Embora o Copom tenha sinalizado que ainda pode elevar a taxa de juros, expectativa do mercado é de manutenção da Selic em 13,75%.
Campos Neto afirma que o cenário para 2023 ainda é de incerteza e não descartou novo aumento na taxa básica de juros.
A projeção da inflação para 2022 ficou em 6,70% e, para 2023, passou de 5,33% para 5,30%. Nos dois casos, acima da meta prevista.
Por unanimidade o Copom aumentou a taxa básica de juros em 0,50 p.p. Para a reunião de setembro, avaliará a necessidade de um ajuste residual.
Para 2023, no entanto, as perspectivas são de alta na inflação pela décima sétima semana, passando de 5,30%, na semana passada, para 5,33%.
Pela 3ª semana, o mercado financeiro projeta para baixo a inflação em 2022 e estima alta para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
Foi a 2ª redução para a inflação de 2022 desde quando o Focus voltou a ser divulgado, após o fim da greve dos servidores do Banco Central.
A previsão é de que a Selic feche o ano em 13,75%. E a inflação em 7,96%, ante a projeção anterior de 8,89%. A queda da expectativa de inflação é motivada pelo corte no ICMS na gasolina e telecomunicações, entre outros.
O presidente do BC, Campos Neto, ressaltou que a autoridade monetária vai frear a inflação e que grande parte do trabalho já foi feito.
Esta é a décima primeira alta da taxa de juros, sequência que começou em março de 2021, quando a Selic estava fixada em 2%.
Analistas do mercado esperam que a taxa básica de juros deverá passar de 12,75% para 13,25% ao ano, com alta de 0,5 ponto percentual.
O Comitê de Política Monetária do BC prevê uma alta menor do que 1 ponto percentual para a taxa básica de juros em sua próxima reunião.
A escalada dos juros é a resposta do Banco Central à inflação alta e persistente, que segue acima dos dois dígitos.
Boletim Focus, com as previsões do mercado, volta a ser divulgado depois de três semanas, em função da greve dos servidores do BC.
A estimativa para a inflação é de 6,86%, ante 6,59% da semana passada. Para 2023, a projeção do IPCA também subiu de 3,75% para 3,80%.
Títulos atrelados à Selic e inflação têm se beneficiado do aumento, mas investimentos como moedas, fundos e ações têm mais volatilidade.