Setor energético passa por digitalização e migração para a nuvem
A digitalização do setor de energia elétrica e, dentro disso, a migração para nuvem, já se tornou inevitável. A Companhia Hidrelétrica do São Francisco, por exemplo, estuda levar todas sua estrutura de Tecnologia da Informação para esse ambiente, conforme relatou Fábio Alves, presidente da Chesf, em evento da UTCAL Summit 2021 hoje, 30.
A área de Tecnologia Operacional (TO) da companhia, por enquanto, impõe maior resistência à migração por motivos de segurança, embora Alves defenda que a nuvem é um ambiente mais seguro. Em TI, a companhia tem atuado em soluções de tratamento analítico e avançado de dados baseadas em plataforma de Business Intelligence, Business Analytics. Outras soluções buscam maior automação a partir de inteligência artificial e robótica.
Já o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) decidiu no ano passado unir TI e TO. No futuro, a ideia é que 100% da operação da entidade aconteça na nuvem. Além disso, o Grupo Energisa tem entrado na digitalização por meio de grandes coletas de dados para auxiliar na tomada de decisão. Com isso, cerca de 82% dos atendimentos da companhia passaram a ser feitos nos canais digitais da empresa.
ANEEL busca suporte para digitalização
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aposta que os sistemas no setor elétrico sejam, cada vez mais, interligados e operados de forma remota. “A grande maioria das instalações já é operada remotamente”, afirmou Sandoval de Araújo Feitosa Neto, diretor da Aneel.
Com sistemas mais interligados e, portanto, vulneráveis, Sandoval destacou problemas de cibersegurança. Nessa questão, a agência já fez análise de impacto regulatório. Amanhã irá discutir a abertura de uma consulta pública sobre rotinas operacionais contra ataques na rede. “A realidade do setor elétrico nós iremos mudar a questão é quando e como”, disse.
Sandoval comentou que a Agência tem estudado uma solução de armazenamento de energia elétrica para transferência de energia no litoral paulista. Além disso, o órgão também tem visualizado tarifas mais dinâmicas e adequadas para cada tipo de consumidor, tornando-os “mais livres”.