Serviço de banda larga dos satélites Kuiper chega em 2025, confirma Amazon

Big tech informou que primeira frota deve ser lançada ao espaço no quarto trimestre deste ano; produção dos equipamentos será acelerada na fábrica de Kirkland, em Washington
Amazon confirma banda larga via satélites Kuiper para 2025
Lançamento dos protótipos de satélites Kuiper (crédito: Amazon/Divulgação)

Em comunicado sobre o andamento da sua divisão de satélites, a Amazon confirmou o lançamento do serviço de banda larga da constelação Kuiper para 2025. A companhia ainda informou que a primeira frota de equipamentos deve ser lançada ao espaço no quarto trimestre deste ano.

Os artefatos devem decolar a bordo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA). A big tech também tem contratos para lançamento de satélites com Arianespace, SpaceX e Blue Origin.

Segundo a empresa, a produção está sendo acelerada na nova fábrica em Kirkland, no estado de Washington (Estados Unidos). No pico da capacidade, a instalação será capaz de construir até cinco satélites por dia. A Amazon indicou que os primeiros satélites devem ficar prontos durante o verão no Hemisfério Norte (período de junho a setembro, equivalente ao inverno no Hemisfério Sul).

“Continuaremos a aumentar as nossas taxas de produção e implantação de satélites mirando 2025, e permanecemos no caminho certo para começar a oferecer o serviço aos consumidores no próximo ano”, destacou a companhia, em nota.

O Projeto Kuiper será uma constelação de órbita terrestre baixa (LEO, na sigla em inglês) composta por 3.232 satélites. Segundo a Amazon, a rede satelital será capaz de ofertar o serviço de banda larga em todo o mundo. A empresa projetou três terminais para atender diferentes públicos, os quais são capazes de entregar planos de 100 Mbps, 400 Mbps e 1 Gbps – este último será direcionado a empresas, governos e aplicações de telecomunicações.

Os testes da constelação Kuiper foram feitos com os satélites KuiperSat-1 e KuiperSat-2, protótipos lançados ao espaço em outubro do ano passado. Os equipamentos devem ser retirados de órbita nos próximos meses.

A expectativa é de que a Amazon acelere a produção e o lançamento dos satélites, uma vez que a licença obtida junto à Comissão Federal de Comunicações (FCC), órgão norte-americano similar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), prevê que pelo menos metade dos equipamentos esteja em operação até julho de 2026.

Vale lembrar que o serviço do Projeto Kuiper já tem autorização para operar no Brasil. Inclusive, a Vrio, dona da Sky, vai usar a rede satelital da Amazon em sua oferta de banda larga.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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