Presidente da Vivo reconhece que reação do consumidor à franquia de dados sensibilizou operadoras
O presidente da Vivo, Amos Genish, fez hoje uma “mea culpa”, e admitiu que as operadoras estão mais sensíveis às reações dos consumidores contrários à possibilidade do corte da internet após o fim da franquia na banda larga fixa. Ao assinalar que nenhuma operadora está cobrando pelo uso dos dados, por cautelar da Anatel, Genish afirmou que é mesmo necessário “entender qual é o modelo certo para ser implementado nos próximos anos”.
“O certo, afirmou, é que o tráfego de internet cresce 22% em gigabytes por ano, e que esse crescimento contínuo poderá afetar a qualidade da rede, já que os investimentos das operadoras de telecom não são ilimitados”. Mas admitiu que o mundo ainda não encontrou a resposta certa para o modelo mais equilibrado.
Genish adimitu ainda que, sem ferramenta própria para que o usuário brasileiro consiga medir o consumo de dados não é possível a adoção do corte do serviço após a franquia. “Só com ferramentas que permitam ao consumidor entender as possibilidades do futuro poderemos colocar o assunto na mesa com uma visão mais aberta”, afirmou.
A Vivo foi a primeira operadora a comunicar a seus clientes que iria passar a cobrar pelo excesso de consumo de dados após a franquia de banda larga fixa, o que gerou protestos de seus clientes, que chegaram a recorrer à Anatel.
O ex-presidente da Anatel, João Rezende, por sua vez, ao declarar seu apoio a essa medida acabou provocando a ira de dezenas de usuários, do Congresso Nacional e mesmo do então ministro das Comunicações do governo Dilma, obrigando a agência reguladora a publicar uma cautelar proibindo que as operadoras cobraassem pela internet após franquia, por tempo indeterminado.