Pharol registra prejuízo, mas crê em virada com evolução da RJ da Oi

Perda foi de  € 5,6 milhões.

A Pharol divulgou hoje, 1º, os resultados de 2018, nos quais apurou prejuízo de € 5,6 milhões. A acionista da Oi tem como ativos apenas as ações na concessionária brasileira, opções de compra de ações e títulos não pagos da empresa Rio Forte no valor de € 897 milhões. Mas avisa que o processo de falência da Rio Forte estagnou, e não há, portanto, previsão para recuperação do valor.

“O ano de 2018, para a Pharol, ficou marcado pelo avanço da Recuperação Judicial da Oi e pelo estagnar do processo de falência da Rio Forte, no Luxemburgo”, explica Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, na carta aos acionistas.

Ele reconhece que a empresa perdeu capacidade de negociar sua autoridade na Oi com a aprovação do plano de recuperação judicial, mas diz que a litigância sobre a aprovação do plano “valeram a pena” já que o resultado foi o acordo fechado em janeiro, pelo qual a Oi entregou ações adicionais à Pharol.

“Abre-se agora um período em que, abandonada a litigiosidade reinante até aqui, a Oi, com um balanço reforçado, poderá concentrar-se mais focadamente na melhoria de sua eficiência operacional”, acrescenta o executivo. A Pharol chegou a deter 22,4% da Oi antes da recuperação judicial. Hoje, tem 4,94%. É o terceiro maior acionista individual depois de Goldentree (15,78%) e York Global Finance Fund (11,45%).

A Pharol também elencou fatos de destaque ao longo do ano. Entre os quais, que Nelson Tanure aumentou sua participação da empresa para 4,83% através do fundo Blackhill. O executivo tinha participação na Oi e tentou barrar a RJ da tele brasileira através do fundo Société Mondiale. Ele já tinha assento no conselho da Pharol desde 2017.

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Rafael Bucco

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