Para a Nokia, mercado de redes só deve voltar a crescer em 2019

A fabricante Nokia diz que receita com redes voltarão a crescer com a implantação de redes 5G, previstas para saírem do papel no próximo ano.
O CEO da Nokia, Rajeev Suri (Foto: Divulgação)
O CEO da Nokia, Rajeev Suri (Foto: Divulgação)

A fabricante de equipamentos Nokia prevê que o mercado de redes de telecomunicações só voltará a crescer, no mundo, em 2019. O CEO da companhia, Rajeev Suri (foto), avisou que este ano sua divisão de redes deve encolher – mais uma vez.

Ele avisa, no relatório dos resultados, que a divisão de redes deve continuar a encolherem 2018, “embora em ritmo mais lento”. Segundo ele, o cenário só vai melhorar em 2019 e 2020 em função de grandes lançamentos de redes 5G.

“O 5G vai exigir uma abordagem holística em relação a todos os elementos de rede, vai muito além do rádio. Isso torna mais forte nosso portfólio ponta-a-ponta e nossa arquitetura”, afirma.

Resultados

A empresa apresentou hoje, 1, os resultados financeiros do último trimestre de 2017. Faturou € 6,65 bilhões, mesmo resultado de igual período em 2016. A unidade de redes encolheu 4%. A divisão é a mais importante da companhia. Foi afetada por menos vendas em ultra banda larga e em serviços.

O desempenho fez a empresa entrar no vermelho. Registrou prejuízo de € 378 milhões, ante lucro de 658 milhões um ano antes.

A divisão de licenciamento, Nokia Technologies, foi o ponto fora da curva: cresceu 79%, mas esta representa uma pequena parcela dos ganhos da companhia: apenas € 554 milhões.

No ano de 2017, a receita da Nokia caiu 2%, para € 23,1 bilhões. O faturamento com redes encolheu 6%, com serviços, 8%, e com redes IP e aplicações, 5%. A divisão Technologies cresceu 57%. O prejuízo anual aumentou 58%, para € 1,43 bilhão.

 

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Rafael Bucco

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