Oi: Venda das ações da V.tal é um compromisso junto a credores

CFO da Oi, Cristiane Sales, diz que venda da fatia detida na V.tal acontecerá por ser parte do plano de recuperação para quitação das dívidas do grupo

A Oi vai realizar a venda da participação que possui na V.tal, não importa quais sejam os desfechos do leilão da ClientCo e da arbitragem em curso com a Anatel. A CFO da operadora, Cristiane Sales (foto abaixo), ressaltou que a medida é um compromisso assumido junto aos credores e está inscrito no plano de recuperação judicial da companhia, que será seguido à risca.

Cristiane Sales, CFO da Oi

A afirmativa se deu na conferência dos resultados do segundo trimestre, no qual um acionista perguntou sobre a real necessidade de se desfazer da fatia que a Oi possui na operadora de rede neutra. Sales foi objetiva: “A venda da participação na V.tal, da unidade clientes de fibra e dos imóveis são parte da estratégia da Oi para quitar sua dívida, para cumprir a obrigação de redução do endividamento”.

Na apresentação feita ao mercado nesta quinta-feira, 15, os executivos da tele afirmaram que esperam concluir a venda da ClientCo, a Oi Fibra, no começo de 2025. E a venda das ações da V.tal em 2026.

Segundo o diretor de estratégia da Oi, Rogério Takayanagi, nos próximos dias será enviado à Justiça o edital para a segunda rodada do leilão de venda da Oi Fibra. Uma vez publicado, há prazo de 15 dias para realização do certame, e após, avaliação das ofertas pelos credores com direito de veto.

“Não sabemos quais serão os bidders, todas as empresas da primeira rodada poderão competir”, falou. No mercado, no entanto, é quase consenso que a própria V.tal exerça o compromisso assinado com outros credores de comprar a unidade, através da troca de ações e perdão de créditos da Oi.

Uma vez aprovada a venda, haverá ainda análise por parte da Anatel e do Cade. Daí a expectativa de que no começo de 2025 o negócio seja de fato concluído.

Somente depois começam os preparativos para a venda da participação na V.tal, atualmente de 17%. Caso a expectativa no mercado se confirme, passará a ser de 27,5% após a aquisição dos clientes de fibra óptica.

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Rafael Bucco

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