Credores aprovam oferta da V.tal pela Oi Fibra

Credores aceitam a proposta da V.tal pela Oi Fibra, mas alegam complexidade e pedem esclarecimentos sobre "determinados pontos" da proposta.

A Oi divulgou na noite desta segunda-feira, 8, a aprovação dos credores à proposta de R$ 5,68 bilhões pela Oi Fibra. O valor não envolve dinheiro, mas uma composição que prevê transferência de ações e perdão de dívida. A aprovação veio com um pedido de mais detalhamento por parte da compradora.

“Conforme informado pela Administração Judicial, os Credores Opção de Reestruturação I e dos Credores da Dívida ToP sem Garantia 2024/2025 Reinstated – Opção I, em observância aos quóruns previstos no Plano de Recuperação Judicial da Companhia, aprovaram a Proposta”, diz a empresa no comunicado ao mercado.

Segundo a Oi, os credores alegaram “complexidade” dos termos e condições da proposta. “Alguns desses credores solicitaram esclarecimentos sobre determinados pontos da Proposta, os quais serão respondidos pela Proponente à Administração Conjunta”, diz a tele.

E acrescenta: “A Administração Judicial informou, ainda, que juntará aos autos da Recuperação Judicial da Companhia a nova versão da Proposta com os esclarecimentos apresentados pela Proponente em até 1 (um) dia útil após o seu recebimento, conforme previsto na Cláusula 5.2.2.1.5(iii)(b) do Plano de Recuperação Judicial”.

A venda da Oi Fibra é parte do plano de recuperação judicial da Oi. A empresa é avaliada, pela operadora, em R$ 7,3 bilhões. Na primeira rodada do leilão, apenas a Ligga apresentou proposta, de R$ 1,03 bilhão, que foi recusada pelos credores. Agora, na segunda rodada, a V.tal apresentou proposta, conforme previsto e acordado junto a credores ainda em abril. A oferta também veio abaixo do valor estimado pela tele pelo ativo, que reúne cerca de 4,3 milhões de clientes de banda larga fixa em fibra óptica.

Pelo proposta em mesa, a Oi deverá ficar com participação de 27,5% na V.tal. Tais ações poderão ser depois negociadas, também conforme o plano de recuperação judicial, para continuidade da redução do endividamento do grupo. Após a venda, a empresa permanecerá com Oi Soluções (braço corporativo), serviço de telefonia fixa da concessão (que será migrado para regime de autorização), unidade de TV paga por satélite (que também está à venda), Tahto (call center) e Serede (manutenção).

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Rafael Bucco

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