Oi usa 2G e 3G e quer desligamento só depois de resolvido o impasse da concessão

A Oi explica que seus telefones fixos comercializados pela concessão de STFC utilizam tecnologia baseada nas redes 2G e 3G.

Crédito-Freepik

A Oi, embora tenha deixado o mercado móvel, também participou da tomada de subsídio nº 23 da Anatel, que trata da possibilidade de desligamento das redes 2G e 3G. A operadora diz que utiliza tais redes para prover serviços de telefonia fixa sem fio, conhecido no setor pela sigla WLL, e por isso recomenda que não seja feito nenhum movimento de desligamento até o fim de 2025.

“A Oi não se opõe a evolução tecnológica, todavia entende necessário que a Anatel proponha que o início da transição tecnológica do desligamento da rede ou não homologação de equipamentos em redes 2G e 3G somente ocorra após o fim do Contrato da Concessão do STFC (dezembro de 2025) ou ao final da obrigação da continuidade do serviço, em caso de adaptação do modelo do contrato de Concessão em que a solução do acesso fixo sem fio continue a ser uma alternativa importante para prestação do serviço”, diz.

A empresa explica que o WLL foi a saída encontrada para lidar o desinteresse dos usuários por telefonia fixa e com o roubo e furto de cabos de cobre.

Segundo a Oi, o WLL é baseado na tecnologia Circuit Switched (voz comutada), que por sua ver se baseia nas tecnologias 2G e 3G .

“É utilizada a arquitetura de rede empregada no formato híbrido, ocorrendo emprego de elemento do Mobile Core da Oi (HLR), enquanto os demais elementos de rede são prestados por meio de rede móvel de empresa parceira. Importante destacar que, quando a solução do acesso fixo é adotada, a Oi fornece os terminais aos seus clientes sem cobrar pelos equipamentos”, acrescenta.

Ressalta que utiliza o WLL para amenizar os efeitos da queda na demanda por telefonia fixa: “A Companhia utiliza a tecnologia WLL para, minimamente, amenizar os efeitos decorrentes da obsolescência do STFC e da notória insustentabilidade das concessões de STFC”.

A companhia diz que caso ocorra a descontinuidade das tecnologias 2G e 3G antes do término da concessão, causará impacto “não só na continuidade e universalização da prestação do serviço como também no equilíbrio econômico-financeiro da Concessão”.

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Rafael Bucco

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