Oi ultrapassa R$ 1 bilhão em receitas com fibra no terceiro trimestre
A Oi divulgou nesta quarta-feira, 9, os resultados do terceiro trimestre, em que bateu a marca de R$ 1 bilhão em receitas geradas por serviços de fibra óptica. O número representa alta de 30,8% sobre o terceiro trimestre de 2021. Com 3,8 milhões de casas conectadas com fibra, a empresa teve receita média por usuário de R$ 93, alta de 4,8% ano a ano.
O ritmo de atração de novos clientes, porém, diminuiu. No terceiro trimestre de 2021, a empresa adicionou 327 mil assinantes de fibra a sua base. No terceiro trimestre deste ano, as adições líquidas foram de 146 mil. O take up, taxa de ocupação da fibra, caiu de 23,5% para 20,9%, o que demonstra que está mais difícil atrair novos assinantes.
A desaceleração, explica a Oi, se deve a ajustes na gestão de aquisição, derivados das condições macroeconômicas e seus impactos no churn involuntário e inadimplência. Diz que a partir de maio, o cenário começou a apresentar estabilidade.
“Os esforços da Companhia para reforçar seus modelos de política de crédito seguiram mostrando resultados, com uma redução da taxa de churn mensal de -0,5 p.p. quando comparada ao 1T22, período em que o indicador atingiu o seu maior patamar histórico”, escreve no relatório dos resultados.
No 3T22, 43,6% dos clientes de Fibra (+10,4 p.p. tri contra tri) já possuíam planos de 400 mbps ou superior. Neste trimestre, o incremento de clientes nesta faixa foi de 445 mil novos clientes. “Esse upselling permite, principalmente, a blindagem e defesa da base, e estimula a venda dos novos serviços”, explica.
Resultados gerais
A fibra se tornou, definitivamente, o carro chefe da Oi em abril, quando a empresa concluiu a venda da unidade de telefonia móvel para as rivais Claro, TIM e Vivo. Uma consequência da venda é a redução acentuada das receitas no balanço, uma vez que o celular representava cerca de metade do faturamento do Grupo Oi.
Assim, os dados do terceiro trimestre deste ano não têm uma base de comparação adequada em relação ao mesmo período de 2021, quando a Oi Móvel integrava os resultados. Comparando-se os números anuais, há queda de 38,7% nas receitas, que ficaram em R$ 2,77 bilhões ao fim de setembro. Em relação ao segundo trimestre, quando a base de comparação é a mesmo, então o faturamento ficou estável.
No 3T22, o EBITDA de rotina das operações brasileiras totalizou R$ 224 milhões, apresentando redução de 41,7% em relação ao 2T22 e de 84,5% na comparação com o 3T21.
A venda da Oi Móvel e do controle da V.tal transparece na redução da dívida líquida, que encolheu de R$ 29,89 bilhões no terceiro trimestre de 2021, para R$ 18,33 bilhões agora.
A Oi terminou setembro com R$ 3,5 bilhões disponíveis em caixa, 13,1% a menos do que um ano atrás.
O Capex também reflete a venda da unidade móvel, que consumia muitos investimentos. Passou de R$ 1,8 bilhão no 3T21 para R$ 480 milhões no 3T22.
A companhia seguiu ainda em forte prejuízo, com perdas de R$ 3 bilhões, 36,3% mais do que no terceiro trimestre de 2021.