Oi reitera sustentabilidade das operações
O governo brasileiro está seguindo muito de perto a evolução das negociações entre Oi e credores, e a Anatel está tomando atitudes mais rígidas, como pedindo para as concorrentes fazerem planos de mitigação de riscos de rede e deixa preparada Medida Provisória antecipada hoje o Tele.Síntese, que propõe intervir em todas as concessões. Diante desse tiroteio, a operadora e seus acionistas reafirmam a busca por uma solução que garanta a sustentabilidade da operadora, em nota divulgada hoje, 31, à tarde:
“A Oi informa que sua administração está comprometida em garantir a sustentabilidade da companhia e os resultados positivos que têm sido obtidos demonstram a viabilidade da empresa e sua robustez operacional. A Oi vem desempenhando suas atividades normalmente e tem apresentado boa performance no negócio, registrando aumento na geração de caixa e crescimento no volume de investimentos em 2016, além de melhoria nos indicadores de qualidade e nos índices de satisfação dos clientes”, diz.
Segundo a concessionária, a movimentação do governo é natural. “A companhia vê com naturalidade o acompanhamento que a Anatel tem feito sobre a situação da empresa, mas entende que as melhorias que vem registrando mostram que não há nada que coloque em risco o serviço que a companhia presta a seus clientes e à cadeia do setor de telecomunicações”, acrescenta.
Por fim, o presidente da Oi, Marco Schroeder, destaca que a empresa tem sido pró-ativa na busca de uma solução para sua recuperação judicial. “É parte do nosso comprometimento também buscar intensamente e incansavelmente as alternativas possíveis para viabilizar o entendimento, o mais rapidamente possível, entre acionistas e credores, no sentido de se chegar a um acordo que assegure um ambiente positivo para o futuro da Oi. É importante que as duas partes, entendendo suas responsabilidades, se engajem para alcançar a aprovação de um plano de Recuperação Judicial que fortaleça a Oi. Tenho certeza que há um interesse comum pelo bem da companhia e buscarei ser um facilitador do entendimento”, afirma o presidente da Oi, Marco Schroeder.
Anatel mantém veto a nomes do Société Mondiale no Conselho
A Anatel decidiu nesta sexta-feira, 31, recusar recurso da Oi que pedia permissão para que dois executivos indicados pelo fundo Société Mondiale tomassem assento no conselho de administração da companhia. A decisão se deu em circuito deliberativo, e impede a presença de Nelson Tanure e Pedro Grossi Junior no board.
Segundo a agência, se eles tomassem posse, o conselho da Oi passaria a ter menos executivos independentes que o mínimo determinado em estatuto, que é de ao menos 20% dos membros. E dá prazo de 20 dias para que a diretoria da empresa encaminhe os documentos dos executivos que, hoje, são considerados independentes – ou seja, aqueles sem qualquer vínculo direto com os acionistas.
A Anatel mantém, também, a presença de um representante seu nas reuniões do conselho de administração da companhia e ressalta que a Oi deve submeter para aprovação prévia qualquer alteração no conselho, inclusive quanto a suplentes. Também solicita informações detalhadas sobre a implantação de mecanismos de governança corporativa e pulverização do capital. O acórdão completo pode ser visto aqui.