Oi recebe US$ 125 milhões de empréstimo emergencial

Credores responsáveis por empréstimo emergencial de abril de 2023 à Oi liberaram terceira parcela, negociada em dezembro.

Foto: Freepik

A Oi informou ao mercado nesta sexta-feira, 26, que recebeu a parcela adicional de US$ 125 milhões (equivalente a R$ 614,5 milhões pelo câmbio de hoje) do empréstimo emergencial obtido junto a credores da empresa.

“Foi realizado, na presente data, o desembolso  (…) resultando na liquidez adicional de US$ 125.000.000 para a Companhia em relação ao DIP AHG Original”, informa.

O DIP AHG original, de abril de 2023, previa empréstimo de US$ 275 milhões. Em dezembro, após a Oi buscar refinanciamento com o BTG, os credores reviram o acordo e aceitaram elevar o financiamento para US$ 400 milhões. O vencimento para quitação será em 15 dezembro deste ano. E a garantia é 95% da participação detida pela operadora na V.tal.

Os recursos, como informado previamente pela companhia, serão destinados à “satisfação da necessidade de capital de giro de curto prazo do Grupo Oi e investimentos para manutenção de suas atividades”.

A Oi passa por um complexo processo recuperação judicial desde junho de 2016. A primeira fase durou até dezembro de 2022, quando a Justiça aprovou a saída da recuperação. No entanto, em 1º de março de 2023, a tele voltou à proteção judicial com dívida financeira de cerca de R$ 30 bilhões.

Conforme o último balanço da companhia, referente ao terceiro trimestre de 2023, o balanço patrimonial indicava um ativo total de R$ 29,72 bilhões e passivo de R$ 42 bilhões. Ou seja, havia um patrimônio líquido negativo de R$ 26,79 bilhões.

Ao longo do processo, a Oi vendeu ativos. Foi o caso da unidade móvel, fatiada e arremata por TIM, Vivo e Claro. E da sua infraestrutura de rede em fibra óptica, comprada por fundos geridos pelo BTG Pactual e que resultou na criação da empresa neutra V.tal.

A tele também colocou à venda sua unidade de TV paga pós-paga por satélite, que chegou a ser negociada à Sky (mas esta desistiu do negócio). E atualmente está com a ClientCo, sua carteira de clientes de banda larga em fibra óptica e contratos com a V.tal, à venda – que seria do interesse de grandes grupos, à exemplo do que aconteceu no móvel.

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Rafael Bucco

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