Oi quer aval dos credores para mexer no plano de recuperação judicial
A Oi protocolou no dia 27 de fevereiro, na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde tramita o processo de recuperação judicial, pedido para organizar uma assembleia geral de credores. A intenção é colocar em votação alterações no plano.
Em comunicação enviada à CVM assinada por Camille Faria, diretora de finanças da companhia, a Oi explica que o objetivo da assembleia é obter aval dos credores a um aditamento a fim de “alcançar maior flexibilidade operacional e financeira para continuar seu projeto de investimento e o cumprimento de seu plano estratégico de transformação”.
Este ano, após a venda de ativos não estratégicos para a operadora, como a fatia detida na operadora angolana Unitel e imóveis, ganhou força no mercado rumor de que a concessionária venderá sua unidade móvel. As operadoras rivais (Claro, TIM e Vivo) já se colocam como candidatas em potencial para adquirir tal ativo, e analistas já previam que seria preciso realizar uma assembleia para aprovação dos credores. A empresa não deixa claro, contudo, de que este seria o assunto da assembleia. Vale ressaltar que o plano estratégico mencionado, divulgado em julho, prevê investimento em redes móveis.
“A estratégia da Companhia passa por uma reorganização das suas operações de forma a dar mais eficiência a sua estrutura societária e criar opções estratégicas de capitalização e fortalecimento da Oi, alinhadas a seu Plano Estratégico”, informa a companhia.
Em outro trecho do comunicado, Faria enfatiza o foco de investimentos em fibra óptica e “em negócios de maior valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro”. Afirma também que “este movimento já começa a dar resultados positivos nos indicadores operacionais e financeiros da Companhia, e será acelerado a partir de 2020, alcançando consolidação em 2021”.
Uma vez aprovada a realização da assembleia, poderão participar quem detinha créditos e direito de voto como credor na assembleia geral de 19 e 20 de dezembro de 2017, quando o plano de RJ foi aprovado. Também poderão votar credores que tinham notas da tele em 27 de fevereiro deste ano, e acionistas.