Oi queimou R$ 373 milhões do caixa em novembro

Companhia reduziu investimentos, mas houve queda nas receitas. Restavam em novembro R$ 2,23 bilhões, menor patamar desde o início da recuperação judicial.

A Oi divulgou na noite de ontem, 21, o relatório mensal de atividades das empresas do grupo que participam da recuperação judicial relativo ao mês de novembro. Conforme o material elaborado pelo administrador judicial, o escritório Arnoldo Wald, houve queima de R$ 373 milhões do caixa em novembro.

Foi o oitavo vês seguido de geração negativa de caixa. A última vez que a empresa fechou a rubrica no positivo se deu em maço de 2019, quando foram gerados R$ 43 milhões de caixa. A queima dessa vez foi menor, no entanto, que a registrada em novembro de 2018, quando o resultado ficou negativo em R$ 435 milhões.

Em novembro de 2019, a companhia investiu R$ 596 milhões, 32% menos que em outubro. A receita caiu 5%, para R$ 2 bilhões. Os custos e despesas atingiram R$ 1,79 bilhão. Com isso, o grupo terminou novembro com R$ 2,23 bilhões em caixa, 14,3% a menos que em outubro. É o menor patamar registrado pelo grupo desde o início da recuperação judicial.

A companhia avisou o administrador judicial que o caixa será reforçado com a emissão de debêntures simples, no valor de R$ 2,5 bilhões. Tal operação era prevista no plano de recuperação e foi informada ao mercado em dezembro. “Este reforço permitirá a manutenção do nível de investimentos pretendido
no Plano Estratégico de aceleração em Fibra Ótica (FTTH) e Banda Larga Móvel 4G e 4,5G”, ressaltou a empresa.

A Oi entrou em recuperação judicial em junho de 2016. Ainda não há previsão para o fim do processo. Fazem parte da RJ as empresas: Oi S.A, Telemar Norte Leste, Oi Móvel, Copart4, Copart5, Portugal Telecom International Finance e Oi Brasil Holdings Coöperatief (este dois últimos, braços financeiros do grupo na Europa).

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Rafael Bucco

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