Oi propõe redução de remuneração para conselho e diretoria estatutária
Por ter dado início a um segundo processo de recuperação judicial, a administração da Oi propõe uma redução de 41,87% no valor total destinado à remuneração dos membros do corpo administrativo, especificamente o conselho e a diretoria estatutária. A medida deverá ser apreciada pelos acionistas na próxima assembleia geral da companhia, marcada para o dia 22 de junho. Se aprovada, passa a valer para o ano de 2023.
Segundo a proposta, a Oi planeja desembolsar até R$ 30,2 milhões em verbas de remuneração para os administradores neste ano. Desse montante, R$ 6,1 milhões dizem respeito à remuneração fixa do conselho de administração, 14,9% inferior ao do ano anterior (R$ 7,17 milhões). Além disso, está previsto que o conselho fique sem remuneração variável. No ano passado, esta verba totalizou R$ 7,07 milhões.
No caso da diretoria estatutária, a remuneração total, conforme a proposta, deve ser de até R$ 24,18 milhões em 2023. Desse total, R$ 14 milhões provêm de remuneração fixa (salários e benefícios) mais bônus.
Apesar de a Oi não prever o pagamento de remuneração variável para a diretoria estatutária neste ano, os membros devem ser compensados com uma parcela extraordinária de um programa especial de retenção, no valor total de R$ 10,14 milhões.
De todo modo, a companhia indica que, caso a proposta seja aprovada pelos acionistas, reduzirá significativamente o gasto com a alta administração.
“Esta redução relevante dos valores previstos para 2023 em relação ao montante realizado em 2022 se dá, principalmente, pelo cancelamento de todos os Planos de Incentivo de Longo Prazo baseado em ações, tanto dos executivos, incluindo do Diretor Presidente, quanto do Conselho de Administração”, destaca a empresa, em trecho do manual para participação na assembleia e propostas da administração.
Outras deliberações
A próxima assembleia da Oi será realizada de forma online. O encontro será ordinário e extraordinário.
Além da remuneração da administração, os acionistas deverão apreciar as contas referentes ao exercício social do ano passado, quando a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 19,26 bilhões. Também serão examinadas as demonstrações financeiras de 2022.
A pauta da assembleia ainda prevê a destinação do resultado financeiro do ano passado e a eleição de membros do conselho fiscal e seus respectivos suplentes, bem como a fixação de suas remunerações. Uma alteração em trecho do estatuto social da companhia também deverá ser votada pelos acionistas.