Oi convoca AGE para votar aumento de remuneração da administração

Proposta, aprovada em abril de 2019 mas suspensa pela Justiça, prevê elevação de 113% nos ganhos dos integrantes do conselho de administração e pagamento de até R$ 44 milhões para a diretoria, a depender dos resultados do grupo.

A Oi convocou hoje, 31, seus acionistas para as assembleias gerais que realiza no próximo 30 de abril, às 11h, em sua sede, no Rio de Janeiro. Na pauta, aprovação da destinação dos resultados de 2019, de nomes para o conselho de administração, conselho fiscal, e o aumento da remuneração da diretoria em mais de 100%.

No caso da eleição dos membros do conselho, a proposta é de ratificação das deliberações do conselho, que escolheu no começo deste mês dois nomes para ocuparem assentos em complementação de mandado, até setembro. Os acionistas deverão dizer se ratificam as indicações de Armando Lins Netto, presidente da Fleetcor no Brasil, e Claudia Woods, diretora geral da Uber no país.

Quanto ao aumento da remuneração da administração, a companhia pretende retomar a proposta já aprovada na assembleia de abril do ano passado. O aumento acabou suspenso por decisão do juiz do processo da recuperação judicial da companhia, Fernando Viana, que considerou a proposta pouco condizente com a situação de recuperação financeira do grupo. À época, a Oi condicionou a elevação da remuneração dos executivos ao aval da Justiça.

A proposta aprovada na assembleia de 2019, de volta agora à pauta para rerratificação, prevê elevação em 113,85% da remuneração dos 11 integrantes do conselho de administração. Estes poderão receber até R$ 14,67 milhões neste ano, conforme o desempenho da empresa.

Já a diretoria da companhia poderá se beneficiar do Plano de Incentivo de Longo Prazo (ILP), que terá validade até 2021. A remuneração será alcançada com a emissão de ações e prevê pagamento de até R$ 43,99 milhões.

Em tempos de Covid-19, a operadora diz que a assembleia poderá ser adaptada. Embora por enquanto o evento seja presencial, a tele afirma que “poderá analisar e implementar medidas para facilitar a participação de seus acionistas na Assembleia”. Pelas regras atuais de participação, já é possível votar remotamente por meio de um boletim de voto a distância.

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Rafael Bucco

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