Oi encerra o Oi Play, aplicativo próprio de streaming
A Oi decidiu encerrar o Oi Play, aplicativo próprio de streaming de filmes, séries e canais lineares de TV paga. Segundo a empresa, a medida é parte do plano de transformação pela qual vem passando, que prevê corte de despesas.
A informação, noticiada pelo site Tecnoblog na última semana, foi confirmada pelo Tele.Síntese.
“Como parte do seu plano de transformação, a Oi vem tomando medidas para intensificar a eficiência operacional”, afirma a companhia, em comunicado à imprensa.
Os atuais clientes poderão usar o serviço até 31 de dezembro. Depois disso, o Oi Play sairá do ar. Não haverá compensação aos usuários, pois o serviço era incluído gratuitamente na assinatura de banda larga fixa, confirma a tele. As vendas já estão suspensas para novos clientes.
A companhia segue, ainda, no mercado de TV paga por ter o Oi TV HD, que depende de decodificador satelital e antena DTH, ou de sistema IPTV que não tem relação com o Oi Play. Em seu site, a companhia oferece apenas um plano de acesso ao serviço de TV por assinatura.
A Oi chegou a vender sua base de assinantes de TV paga para a Sky, mas esta recuou. A empresa tem, hoje, 1,5 milhão de assinantes pagantes, e 335 mil na modalidade “livre”, de sintonia de canais abertos locais.
A empresa diz que o novo modelo de trabalho é voltado à expansão da fibra óptica. “Nesse sentido, deu início a um processo de desativação de alguns produtos, como o serviço de streaming Oi Play, conforme tendência de mercado de desintermediação da distribuição de conteúdo. Além de adequar a estrutura da empresa ao seu modelo estratégico, a medida também poderá representar ganho de valor para a companhia ao trazer mais eficiência à operação”, afirma.
Segundo a Oi, a medida não impacta a oferta de outros serviços de streaming a seus clientes de banda larga. “A Oi mantém a estratégia de parceria com marcas fortes de conteúdo (GloboPlay, HBO Max e Paramount+), associando a companhia aos temas de maior interesse do público brasileiro”, diz.
Atualmente, a operadora tem 4 milhões de clientes de banda larga fixa entregue por fibra. Segundo a companhia, o processo de recuperação judicial não afetou a qualidade dos produtos comercializados.
“A companhia ainda tem desafios relativos à sustentabilidade, como o crescimento das operações de fibra, a contínua busca pela eficiência e simplificação de processos, a redução de custos, o equacionamento definitivo da concessão e operações legadas, além da adequação da dívida financeira”, diz, após lembrar que está concluindo uma das maiores “transformações da história corporativa do país”.