O tamanho ideal dos blocos no futuro leilão dos 4.9 GHz
Enquanto operadoras e Exército focaram esforços em convencer a Anatel que precisam ter mais espectro, cada, na faixa de 4.9 GHz, a indústria apoiou a minuta apresentada pela agência e já sugeriu os blocos perfeitos para um futuro leilão.
Na sua contribuição à Consulta Pública 23/2022, a Abinee, que reúne fabricantes de eletroeletrônicos, sugere que a faixa entre 4.800 MHz e 4.960 MHz seja destinada a operadoras móveis, provedores de internet e de telefonia fixa. A entidade não aponta necessidade de contemplar o SLP.
E diz que o ideal é a agência realizar um leilão com dois blocos de 80 MHz de espectro na faixa.
“Este alinhamento garante o ecossistema de terminais disponíveis e compatíveis com a banda referenciada pelo 3GPP como forma de fomentar o mercado local e garantir que o setor de telecomunicações local possa usufruir da operação na faixa em questão com ampla disponibilidade de dispositivos”, diz a entidade.
Qualcomm
A Qualcomm, embora seja associada da Abinee, manifesta posição ligeiramente diferente. A fabricante de chips considera necessário, sim, prever que a frequência pode ser utilizada para o SLP. Diz que a faixa das forças de segurança pode ser reduzida a apenas 30 MHz pois há espaço para acomodar o PPDR em outro ponto do espectro, como em 850 MHz.
Para o leilão dos 4.9 GHz, a empresa sugere a divisão do espectro em blocos de diferentes tamanhos. Sua ideia é que sejam agregados sempre em múltiplos de 5 MHz. Ficando assim os blocos com larguras de canal de no mínimo 40 MHz e no máximo 100 MHz, em linha com as especificações técnicas do 5G.
“Ressalta-se a importância de se estabelecer a agregação dos blocos de forma contínua, o que permite atender as larguras de banda pra 5G e assim ficar em conformidade com a especificação 3GPP. As especificações atuais de 5G NR suportam larguras de canais até 100 MHz, mas deve haver a opção de larguras de banda menores para aplicações 5G com baixas taxa de vazão de dados”, afirma a Qualcomm.