Nova MVNO, Fluke começa vendas em cidades com DDD 16 em janeiro

Criada para atender ao público universitário, serviços serão 100% contratados por aplicativo. Fluke será primeira credenciada da Telecall, MVNA fluminense que por sua vez vai operar como autorizada da Vivo.

Um grupo de jovens se reuniu em 2017 com uma ideia: criar uma operadora móvel em que tudo seja mais fácil: contratar o serviço desejado, gastar apenas com o quanto se usa de franquia de internet, de voz, de mensagens. Desde então, lapidaram a ideia a fim de verificar se havia uma oportunidade. E voi lá, surgiu a Fluke, operadora móvel virtual que será lançada comercialmente em janeiro.

Fundada pelos estudantes (à época) Marcos Antônio, CEO (no colo dos demais na foto que ilustra esta reportagem), Augusto Pinheiro, CTO, Yuki Watanabe, CPO, Vinícius Akio, Growth, e Matheus Arataque, Webdesigner, com aporte de investidores-anjo oriundos de fundos de venture capital, a empresa terá como foco também o público jovem, universitário da região de DDD 16, que reúne, entre outras cidades, São Carlos, Ribeirão Preto, Araraquara, no interior de São Paulo.

O modelo de negócio será baseado no digital – e como tudo digital, gira em torno de um app e a página na internet. Tudo acontece via aplicativo: da compra do chip à contratação de serviços. Os pagamentos são sob demanda, semanais. A franquia é cumulativa, caso não se esgote no período contratado.

Será possível comprar apenas acesso à internet por meio de dados, sem necessidade de assinatura de um pacote fixo que inclua voz. As compras poderão ser semanais, e não mensais, como se dá no controle e pós-pago tradicional.

Empresa de tecnologia com telefonia

Não à toa a empresa se define como startup. Surgiu em São Carlos, região que abriga várias universidades. Os estudantes de terceiro grau serão o público alvo inicial da nova operadora móvel. A Fluke vai operar como Credenciada de Rede Virtual em parceria com Telecall, autorizada de Serviço Móvel Pessoal da Vivo. Os detalhes do acordo, as empresas não revelam. Mas, segundo o CEO da Fluke, Marco Antônio, corresponderão ao crescimento da empresa. A cobertura é nacional, embora as vendas comecem pelas universidades da região de Ribeirão Preto. Aos poucos os chips serão enviados para mais áreas do estado de São Paulo, e paulatinamente pelo Brasil.

Segundo ele, a expectativa conservadora é terminar o ano com 5 mil usuários. “Por enquanto temos 2 mil interessados que fizeram o pré-cadastramento em nosso site”, diz. A equipe conta com 16 funcionários, e o investimento inicial está financiando campanha online e offline com foco em atingir os universitários. “Se você entrar na USP São Carlos é bem provável que em algum momento vai ver a comunicação da Fluke”, ressalta.

Ele admite, porém, que os desafios são inúmeros. “O custo de aquisição e o churn têm que ser mais baixos que o praticado no mercado. Por isso fomos para o interior focar em um nicho”, diz. E ressalta que a aposta não é na telefonia, mas na tecnologia. “Somos uma empresa de tecnologia que começou com um serviço de telefonia. Teremos outras coisas no futuro”, resume.

Joaquin Molina, um dos investidores, e que já participou da implementação de projetos de MVNOs em diferentes países da América Latina, do Chile ao México, diz que procurou a Fluke para oferecer serviços de consultoria, e no fim o business case lhe pareceu tão interessante que achou por bem se tornar um dos investidores iniciais.

“A empresa tem um modelo de distribuição comercial 100% digital, que nenhuma operadora virtual tem na região. A oferta do serviço também é muito diferente do tradicional pré, controle ou pós-pago. E o foco no nicho universitário, que é um subnicho entre o jovens, vai facilitar a definição das estratégias de marketing, reduzindo os amplos custos com aquisição”, diz.

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Rafael Bucco

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