Nokia vende braço de redes submarinas para o governo da França
A Nokia anunciou, nesta quinta-feira, 27, que fechou um acordo para vender a Alcatel Submarine Networks (ASN), subsidiária de redes submarinas, para o governo da França. A negociação é de 350 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,06 bilhões).
Conforme o contrato, a Nokia vai manter 20% de participação acionária na empresa e representação no conselho de administração para garantir uma transição tranquila de comando. Os demais 80% ficarão com a Agence des participations de l’Etat (APE), agência de investimento estratégico do Estado francês.
Quando a fase de transição for concluída, o governo vai adquirir a participação remanescente da fornecedora de equipamentos de telecomunicações.
A expectativa é de que o processo de venda seja finalizado no fim deste ano ou no início de 2025. A transação precisa ser aprovada pelas autoridades regulatórias e pelo conselho de trabalhadores francês.
Em comunicado, a Nokia disse que a ASN é uma unidade de negócio autônoma e não essencial. A companhia finlandesa indicou que planeja focar o seu portfólio de Infraestrutura de Rede em oportunidades de crescimento nos seus principais mercados. A avaliação da empresa é de que a venda da subsidiária também vai contribuir para aumentar a rentabilidade da companhia.
A Nokia ainda informou que, depois do segundo trimestre, a unidade de negócio de Infraestrutura de Rede será composta por Redes Fixas, Redes IP e Redes Ópticas.
Do ponto de vista financeira, se desfazer da ASN deve reduzir a receita líquida da divisão em aproximadamente 1 bilhão de euros. Por outro lado, a fabricante aponta que a margem de lucro operacional deve aumentar de 100 a 150 pontos.
Segundo a empresa, a venda não impactará as perspectivas financeiras já anunciadas para o ano de 2024, compartilhadas no balanço do primeiro trimestre.
A ASN é, originalmente, uma empresa francesa. A subsidiária conta com uma rede de 750 mil km de cabos submarinos. A unidade também atua com gerenciamento de projetos, instalação e comissionamento, além de operações marítimas e de manutenção realizadas por uma frota de navios.