Nathalia Lobo vai compor a Secretaria de Direitos Digitais do Ministério da Justiça
Nathalia Lobo, que até o começo do ano ocupava posto no Ministério das Comunicações, mudou de pasta. Está agora no Ministério da Justiça, onde assumiu hoje o cargo de gerente de projetos da secretaria de direitos digitais. Vai trabalhar com Nathalie Fragoso, que será a diretora, e Lílian Cintra de Melo, que comanda a área. A equipe terá uma chefe de gabinete, e deve aumentar mais em seguida.
Servidora da Anatel desde 2005, Nathalia Almeida de Souza Lobo é doutora em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), com concentração em Microeconomia e Teoria dos Jogos, e mestre em economia pela Universidade Católica de Brasília. Chega ao MJSP depois de passar pelo cargo de diretora do Departamento de Política Setorial da Secretaria de Telecomunicações. Foi também Secretaria de Telecomunicações no passado, com a ida do titular, Artur Coimbra, para a diretoria da Anatel.
Fragoso é advogada especialista em proteção de dados, políticas de internet, direitos humanos. Pesquisado doutora, estuda também direitos humanos e sociologia do direito. Nos últimos oito anos fez parte do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos. Entre 2022 e abril deste ano, foi sócia do VMCA Advogados. Também passou pelo escritório Davi Tangerino Advogados e coordenou a área de privacidade de Vigilância do InternetLab.
Ambas respondem a Lílian Cintra de Melo, que assessorou o ministro Lewandowski desde 2021. De acordo com o MJSP, a trajetória da nova chefe da área inclui atuação como pesquisadora visitante na Faculdade de Direito de Harvard no Institute for Global Law and Policy (IGLP), professora doutora substituta de direito comercial da Universidade de Brasília (UnB), coordenadora do Grupo Direito e Pobreza da Faculdade de Direito da USP e participou do programa de intercâmbio do Institut dÉtudes Politiques de Paris (Sciences-Po).
Especificamente da área de direito digital, Cintra de Melo escreveu tese de doutorado que aborda a regulação e a governança da internet nos Estados Unidos e no Brasil – mais especificamente, o Marco Civil da Internet – e sua relação com o desenvolvimento econômico, a participação democrática e a justiça social. Ela substitui Estela Aranha, que esteve na posição enquanto Flávio Dino foi ministro da Justiça.