Minoritários entram com queixa crime no MPF contra administradores da Oi
A Associação Nacional de Proteção dos Acionistas Minoritários (ANA) fez ontem, 02, queixa-crime contra administradores da Oi no Ministérios Público Federal do Rio de Janeiro. A entidade ecoa a posição do fundo Société Mondiale, de Nelson Tanure, de que Santander e Pharol foram “dolosamente omissos” ao longo do processo de fusão e revisão da troca de ações entre Oi e Portugal Telecom, especialmente ao não identificar investimentos em títulos podres da Rio Forte. Mas tarde, estes investimentos resultaram em rombo de € 897 milhões nas contas da PT SGPS.
A Ana questiona também a composição do conselho da Oi, que tem sete integrantes do conselho da Pharol, o que não seria legal, segundo sua visão. Afirma, ainda, que a Pharol, quando ainda era Portugal Telecom, não cumpriu suas obrigações estabelecidas quando do aumento de capital da Oi – realizado para capitalizar a concessionária para a fusão com a empresa portuguesa.
A representação ainda precisa passar por uma triagem e, só depois, ser distribuída para um procurador, que então vai decidir como encaminhá-la. O MPF do Rio de Janeiro vai trabalhar, até o dia 23 de agosto, em regime de plantão, focando esforços sobre questões relativas às Olimpíadas, o que pode atrasar qualquer resposta do órgão.