Migração da TVRO trará desafio para um novo sistema de transmissão, diz Abrasat

A necessidade de formular um novo sistema de transmissão, no entanto, não deve atrasar o cronograma de lançamento da 5G no brasil
Migração da TVRO trará desafio ao formular novo sistema de transmissão, diz Abrasat. Crédito: Divulgação
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A migração das parabólicas da TVRO da banda C para banda Ku trará um desafio maior no início, uma vez que será preciso fazer todo o novo sistema de transmissão, diz o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Abrasat), Fábio Alencar. Ele ressaltou, porém, que essas dificuldades não deverão atrasar o lançamento da 5G no Brasil.

O setor ainda está decidindo a contratação de novos satélites e modelos de codificação para a migração. Além disso, entre dez e 15 milhões de parabólicas compatíveis com a banda Ku precisarão ser instaladas. No entanto, o fato de existirem poucos receptores nas capitais deve facilitar a migração da TVRO, segundo Alencar.

Todos esses fatores fazem parte das decisões que cabem ao Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência (Gaispi), que irá implementar a limpeza da faixa de 3,5 GHz e a migração dos canais por satélite para banda Ku.

“Era uma evolução que já deveria ter ocorrido em termos de digitalização, de compressão. Tem várias coisas nesse projeto que já podiam ter sido feito antes e agora vai ser feito de uma forma mais bem planejada”, afirma o presidente da Abrasat.

Satélites na expansão da 4G em 2022

Neste ano, o satélite deverá auxiliar a expansão de redes 4G e instalação de pontos de presença. A tecnologia continuará a levar conectividade para os quilômetros finais em que a fibra não alcança e que, a partir de 2022, passam a ter demanda suficiente para uso do satélite.

Será apenas em 2023 e 2024 que o satélite se tornará backbone e backhaul para a quinta geração em aplicações que não sejam tão críticas em latência. Isso porque, em 2022, as obrigações formuladas pelo edital 5G estabelecem meta de cobertura apenas nas capitais, regiões em que satélites não estão tão presentes na expansão da conectividade.

“Essa participação [do satélite em conectividade] será tanto no backhaul (ou backbone) de 4G/5G em locais de tráfego de voz e dados mas que não são atendidos por fibra, como no transporte de serviços de IoT”, disse Alencar.

 

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Da Redação

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