Metaverso aberto e em todos os dispositivos é a receita da Meta

Toda a interação humana poderá ser mais rápida, mais barata e sem barreiras de idiomas no metaverso, diz Garcia
O metaverso constroi a web 3.0, diz seu executivo no Painel Telebrasil 2022 Crédito: Freepik

O metaverso é um ambiente mais imersivo, de dados abertos, e que deve funcionar nos mais diferentes aparelhos. Essa é a visão da Meta da web.3 expressa nesta quarta-feira, 29, no Painel Telebrasil 2022, pelo Head de Políticas Públicas e Conectividade para América Latina da Meta, Lester Garcia, sobre o principal produto de sua empresa.

Para Garcia, as aplicações poderão trazer reduções de custos para as empresas, com a diminuição de viagens e treinamentos. E vai garantir vários novos mercados, como o de avatares. “Toda a interação humana poderá ser mais rápida, mais barata e sem barreira de idiomas no metaverso”, observa.

Além da conectividade móvel, algumas aplicações estão sendo desenvolvidas para uso no WiFi 6E, ou seja, a banda larga fixa sem fibra também tem espaço nesse novo mundo. Para isso, é preciso que os dispositivos e aplicações sejam interoperáveis.

Garcia disse que os primeiros óculos de realidade aumentada serão lançados no final do ano nos Estados Unidos, que poderão dar uma visão do que se esperar das redes, conectividade, latência. “Ainda é cedo para definir o que será exigido das redes”, disse.

O dirigente do ex-Facebook, atual Meta, afirmou que, embora o metaverso lide com dados abertos, ainda não tem data para o lançamento do óculos da empresa no Brasil, mas disse que não deve demorar devido ao número de usuários  no país. Ele ressaltou, no entanto, que a disponibilidade de espectro para as operadoras brasileiras, planejado pela Anatel, é um avanço importante.

Espectro

Na América Latina, o Brasil é o país que tem mais espectro disponível para o serviço móvel celular.  Conforme o portal Teleco, as operadoras brasileiras possuem entre  35% – 71,4 MHz a 40% – 81,6 MHz de frequências abaixo de 1 GHz; de 30% – 172,5 MHz a 40% – 230 MHz de frequências entre 1 a 3 GHz, que se somaram ao maior leilão de espectro já realizado pela agência, que vendeu faixas de 3,5 GHz, de 2,3 GH e de 26 GHz no último leilão.

O executivo da Meta disse ainda que tecnologias complementares que serão necessárias para o desenvolvimento da web.3, assim como novas regras serão necessárias, mas todos também estão em estudo.

 

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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