Meta será próximo cliente bilionário da Broadcom

A dona do Facebook usará chips da Broadcom para montar hardwares para o metaverso, tornando-se o próximo cliente bilionário da fabricante de chips.
Meta será o próximo cliente da Broadcom, diz JPMorgan - Crédito: Agência Reuters
Crédito: Agência Reuters

A Meta, dona do Facebook, usará chips Asic personalizados da Broadcom para montar hardwares para o metaverso, tornando-se o próximo cliente bilionário da fabricante de chips, disseram analistas do JPMorgan nesta terça-feira, 31.

Os chips Asic (circuito integrado de aplicação específica), que serão usados pela Meta, vão gerar de US$ 2 bilhões a US$ 2,5 bilhões em receita para a Broadcom este ano, ajudados por acordos com a Meta e parcerias com Google e Microsoft, disseram analistas.

“Acreditamos que ganhos serão principalmente em 5 nanômetros e 3 nanômetros e usadas para alimentar a arquitetura de hardware metaverso da Meta que será implantada nos próximos anos”, disse o analista Harlan Sur.

Ele acrescentou que a Meta emergirá como o próximo cliente de US$ 1 bilhão por ano da Broadcom nos próximos três a quatro anos, após o Google.

Os Asics são projetados para fazer tarefas hiperespecíficas, inclusive em inteligência artificial e aprendizado de máquina.

A Broadcom e o Google codesenvolveram um chip personalizado usado para tarefas de aprendizado de máquina desde 2016.

A Meta está desenvolvendo vários produtos de dispositivos para o metaverso, incluindo óculos inteligentes e de realidade virtual, e abriu sua primeira loja física onde os compradores podem experimentar esses dispositivos e outros gadgets.

O negócio de soluções de semicondutores da Broadcom, que fabrica chips personalizados, contribuiu com mais de 70% para a receita de quase 27,5 bilhões de dólares da empresa em 2021.

Crise de chips

Atualmente a maior parte da fabricação de chips se concentra na Ásia e, por isso, a empresa está investindo seus esforços em construir novas fábricas de semicondutores nos Estados Unidos e na Europa.

A escassez de semicondutores no mercado global deverá se estender mais do que o previsto, conforme prevêem analistas.

Em recente entrevista ao canal de TV americano CNBC, Pat Gelsinger, CEO da Intel afirmou que a crise continuará pelo menos até 2024, devido à disponibilidade restrita de ferramentas importantes para a fabricação dos semicondutores, o que atrapalha no atendimento à demanda elevada pelo produto.

 

(Com Reuters e agências)

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Redação DMI

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