Mais da metade dos docentes de MT tem nível adequado de competências digitais

Antes da implementação do programa de formação dos docentes desenvolvido pela secretaria de Educação de Mato Grosso em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, apenas 25,4% dos professores do estado tinham nível adequado de competências digitais.

competências digitais

O programa de formação de docentes em competências digitais desenvolvido pelo Instituto Telefônica Vivo em parceria com a secretaria de Educação de Mato Grosso e com a Coalização Tecnologia para Educação apresenta resultados consistentes, mais do que dobrando o número de professores que atingiram um grau de maturidade digital.

Segundo Karina Pimentel, gerente sênior de Formação Docente a Distância da Fundação Telefônica Vivo, antes da implantação do programa, apenas 25,4% dos professores do estado tinham nível adequado de competências digital. Atualmente, já atingiu 52,6% dos docentes. “São 16 mil educadores formados e 350 mil estudantes beneficiados”, afirmou.

Segundo Karina, o programa, que visa aprimorar a gestão escolar com tecnologia, voltando-se para a formação docente em competências digitais, é de formação continuada, e, antes de ser iniciado, foi feito um diagnóstico minucioso sobre a rede de ensino do estado para apurar o público elegível, quando foram apurados que 90% dos docentes eram elegíveis para essa formação. “Apuramos, primeiro, quem precisa de que tipo de formação”, disse ela, assinalando que foram definidos 12 níveis de competências digitais que devem ser apropriadas pelos docentes.

O Cieb (Centro de Inovação para Educação Brasileira), por sua vez, que fornece soluções que dão subsídios às redes de ensino para avaliarem o grau de utilização das tecnologias digitais, criou uma ferramenta de auto avaliação dos docentes, capaz de fazer com que seja avaliada a situação pedagógica e profissional de cada professor da rede de ensino. ” São 23 questões aplicadas que conferem o nível de apropriação da tecnologia e como ela está sendo aplicada na realidade específica de cada um”, explica Izabella Martins, gerente de Articulação e Fomento a Políticas Públicas do Centro.

Identidade feminina

Já a ICT Academy da Huawei, que está presente em todos os estados brasileiros e tem parceria com cerca de 250 instituições públicas e privadas atuantes no Brasil, desenvolve entre os seus programas, um voltado a reforçar a identidade feminina no uso de tecnologias, não apenas visando as habilidades técnicas ou de informações. ” Percebemos haver um soft skill para se trabalhar no público feminino, e conquistamos algumas vitórias”, afirmou Augusto Pereira Nunes, coordenador geral da Huawei ICT Academy e professor no IFPR.

A American Tower conta com um programa mundial, e também implementado no Brasil, de formação de mulheres para o mercado digital. ” No Brasil, iniciamos o projeto no ano passado, e contamos atualmente com nove comunidades digitais, alcançando cerca de cinco mil pessoas”, disse Lucila Lopes, head de Recursos Humanos da empresa de infraestrutura de telecom.

Os especialistas participaram do primeiro dia de debates do Edtechs e as Escolas Públicas, promovido pelo portal Tele.Síntese.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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