Lucro líquido normalizado da TIM aumenta 32,1% em 2019

Operadora segue migrando clientes para a base pós-paga, de maior valor. Capex ficou em R$ 3,8 bilhões no ano.

A TIM divulgou na noite desta terça-feira, 11, os resultados financeiros para o ano de 2019. A operadora registrou aumento de 32,1% no lucro líquido normalizado (aquele que exclui efeitos não recorrentes, como vitórias ou derrotas judiciais, por exemplo). O número atingiu R$ 2,05 bilhões. A receita líquida anual aumentou 2,3%, para R$ 17,37 bilhões.

Desse faturamento, R$ 16,59 bilhões vieram de serviços. O maior volume segue no serviço móvel, que teve receitas de R$ 15,6 bilhões, uma expansão de 1,9%, puxado pelo aumento do consumo de produtos pós-pagos. No serviço fixo, a tele registrou crescimento de 11,3%, para R$ 949 milhões.

A companhia apresentou ainda ligeira queda de 0,3% nos custos, para R$ 10,57 bilhões. O EBITDA normalizado (lucro antes de impostos, depreciações e amortizações) somou R$ 6,79 bilhões. Já a margem EBITDA normalizada ficou em 39,1%, ganhando 1,6 p.p. O capex da companhia no ano foi de R$ 3,85 bilhões, 0,6% acima do investimento realizado em 2018.

Incluindo os efeitos não-recorrentes, que são excluídos nos índices normalizados, a companhia apresentou crescimento de 47,9% do lucro líquido anual, que atinge R$ 3,76 bilhões. O EBITDA, por sua vez, foi de R$ 8,3 bilhões, 30,7% superior ao de 2018. Os itens não recorrentes incluem créditos fiscais, contingências trabalhistas e ajustes aos impostos diferidos.

4º trimestre

Tomando-se por base apenas o quarto trimestre de 2019, comparado a igual período de 2018, a companhia apresentou receitas 2,9% maiores, de R$ 4,58 bilhões. No móvel houve aumento de 2,6% nas receitas, enquanto no fixo a expansão foi de 15,1%, embora o fixo da TIM seja ainda pequeno em relação ao celular.

O EBITDA trimestral normalizado atingiu R$ 1,96 bilhão, após crescer 8,1%. Já o lucro líquido normalizado somou R$ 756 milhões, alta de 28,7%. Sem os efeitos de normalização dos dados, a companhia encerrou o ano com alta de 19,6% no lucro líquido e de 8% no EBITDA.

A companhia terminou dezembro com endividamento de R$ 3,41 bilhões, alta de 2,7%.

Operação

No âmbito operacional, a TIM fechou 2019 com retração base móvel em função do desligamento de clientes pré-pagos. A tele terminou o ano com 54,44 milhões de clientes no celular, 2,6% a menos que em 2018.

No pré, o encolhimento foi de 7,6%, chegando-se a 32,98 milhões de usuários. No pós-pago, no entanto, houve aumento de 6,1%, atingindo-se 21,46 milhões de acessos. Na telefonia fixa a empresa cresceu 20,3%, somando 1,08 milhão de acessos. E na banda larga fixa, expandiu-se 21,1%, para 566 mil assinantes.

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Rafael Bucco

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