Lucro líquido do Grupo Telefónica desaba no 2º tri
O grupo espanhol Telefónica, que no Brasil controla a operadora de mesmo nome, divulgou na manhã de hoje, 28, os resultados do segundo trimestre. Quase todas as métricas do balanço apresentaram desempenho negativo no período. A empresa registrou queda acentuada no lucro líquido reportado, juntamente com perda de receita e redução de investimentos.
A receita no trimestre foi de € 12,7 bilhões, 7,7% menos que um ano antes. O lucro líquido despencou 54,5%, para € 693 milhões. E o CAPEX foi reduzido em 45,8%, para €1,96 bilhão. Dos operadoras controladas pelo grupo mundo afora, apenas a espanhola apresentou crescimento nas receitas, de 2,5%, para € 3,2 bilhões. É o maior negócio em termos de faturamento do grupo, seguido de Telefónica Hispanoamérica e Brasil, cujas receitas caíram 14,6% e 9,8%, já fita a conversão da moeda.
O câmbio, aliás, é tido pela empresa como grande responsável pela queda nas receitas. A desvalorização do Real, do Peso Argentino e da Libra Esterlina reduziram em 9,1% o valor faturado, e em 7,9% o OIBDA no trimestre. Em compensação, essa desvalorização beneficiou o fluxo de caixa, pois baixou os valores gastos com impostos e despesas financeiras. Mesmo assim, o endividamento líquido cresceu para € 52,57 bilhões.
No mundo, o grupo encerrou junho com 341,9 milhões de clientes, queda de 1,8% em função da limpeza da base de pré-pagos no Brasil. Os acessos de telefonia fixa somam 39,26 milhões, os de banda larga são 21,64 milhões, e os móveis, 272,6 milhões.
No semestre, os resultados se comportaram de modo semelhante, com queda quando comparado aos primeiros seis meses de 2015. A receita foi de € 25,23 bilhões (-7,1%), o OIBDA, de € 7,75 bilhões (-6,4%), e o lucro líquido de € 1,24 bilhão (-42,1%). O CAPEX encolheu 33,7%, para €3,65 bilhões.