KKR pede mais tempo ao Grupo TIM para apresentar proposta por rede de cabos submarinos

Para levantar todos os riscos da operação, fundo norte-americano solicita que prazo para submeter oferta vinculante seja estendido até o fim de janeiro de 2024; conselho da tele vai avaliar pedido
KKR pede que Grupo TIM estenda até janeiro de 2024 prazo de proposta por rede de cabos submarinos
KKR quer prorrogar prazo de proposta por rede de cabos submarinos do Grupo TIM até janeiro de 2024 (crédito: Reprodução)

Após fechar um acordo com o Grupo TIM (antiga Telecom Italia) para comprar a infraestrutura de rede fixa terrestre da operadora italiana, o fundo de investimento norte-americano KKR segue em negociações com a tele para adquirir a Sparkle, subsidiária de cabos submarinos. O prazo para envio de uma proposta vinculante terminaria nesta terça-feira, 5. No entanto, poderá se estender por mais tempo.

Em nota, o Grupo TIM, controlador da TIM Brasil, informou que a Optics Bidco, subsidiária da KKR, solicitou a extensão do prazo até o fim de janeiro do ano que vem. A proponente quer mais tempo para fazer as atividades de diligência prévia (due diligence), espécie de levantamento de todos os riscos envolvidos no negócio.

“A TIM informa que a Optics Bidco, subsidiária da Kohlberg Kravis Roberts & Co. (‘KKR’), ao confirmar seu interesse na continuação das negociações para a compra da Sparkle, solicitou autorização para aprofundar as atividades de due diligence até final de janeiro de 2024, para ter todas as informações necessárias para apresentar uma oferta final”, diz trecho da nota da operadora italiana, divulgada nesta terça-feira.

Segundo o Grupo TIM, a solicitação será levada à próxima reunião do conselho de administração, marcada para quinta-feira da semana que vem, 14.

Negociações

No encontro, a mesa diretora também deve avaliar o andamento da transação com a KKR referente à venda da NetCo, unidade de rede fixa da companhia italiana.

No início de novembro, o Grupo TIM aceitou a proposta vinculante do fundo de investimento no valor de 18,8 bilhões de euros (aproximadamente R$ 100 bilhões) pelos ativos.

A venda, considerada uma forma de reduzir o endividamento da companhia, gerou controvérsia entre investidores, que ameaçam abrir um processo contra a tele na Justiça italiana por não levar a decisão à assembleia de acionistas. Mesmo assim, a direção diz que confia na conclusão do negócio e que tem seguido as normas previstas na legislação do país.

Inicialmente, o Grupo TIM planejava vender a Sparkle e a NetCo de forma conjunta, mas os ativos foram separados durante as negociações com a KKR.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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