Há 30 anos surgia o domínio “.br”

Inicialmente usado para designar redes acadêmicas da Fapesp, domínio chegou a 2019 com 4 milhões de registros e é hoje o 7º mais popular do mundo.

Há exatamente 30 anos, em 18 de abril de 1989, era criado o domínio “.br” referindo-se a redes de computadores localizados no Brasil, administrados pela Fapesp. Desde então, o domínio passou a ser empregado em sites da internet brasileira, e atualmente acumula mais de 4 milhões de nomes registrados.

Quando surgiu para nomear redes acadêmicas, os registros eram poucos e feitos manualmente e ainda nem existia conexão à internet no país. Jon Postel, da IANA, responsável pela atribuição de domínios de topo, foi quem delegou o “.br” ao grupo que operava redes da Fapesp. “Postel considerou que a comunidade brasileira já tinha maturidade para administrar o ‘.br’ e o delegou”, lembra Demi Getschko, diretor presidente do NIC.br, um dos integrantes do grupo.

Em 1991, com o acesso à internet já estabelecido no Brasil, foi criada uma estrutura de nomes sob o “.br” contemplando os subdomínios “gov.br”, “com.br”, “net.br”, “org.br” e “mil.br” – respectivamente destinados ao Governo, empresas, organizações sem fins de lucro e forças armadas.

A partir da expansão da Internet no país na área comercial em fins de 1994, o “.br” passou a crescer rapidamente: de 851 domínios registrados em 1995, alcançava mais de 7.500 nomes no mês de dezembro de 1996. O processo passou a ser automatizado e a marca de 1 milhão de domínios foi atingida em 2006, dez anos após. Desde então, mais três milhões de registros foram realizados.

7º domínio mais usado do mundo

Os 4 milhões de nomes registrados colocam o domínio brasileiro entre os maiores do mundo. Dentre os cerca de 300 domínios de país que existem (ccTLDs), o “.br” é o 7º mais popular.

Em sua evolução, o “.br” manteve suas características específicas, como a preservação da semântica das categorias de nomes. Assim, com a criação de novos subdomínios, passou a ter mais de 120 opções. Há categorias para interesses específicos (como “ong.br”, “art.br”, “eco.br”), para profissionais liberais (“bio.br”, “adm.br”, “mus.br”, “med.br”, “eng.br”, entre outros), que identificam cidades (por exemplo, “rio.br”, “manaus.br”, “cuiaba.br”, “floripa.br”, “foz.br”), entre outras.

No Brasil, 92% das empresas que possuem website usam o domínio “.br”, de acordo com a pesquisa TIC Empresas 2017, do CGI.br, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do NIC.br.

O “.br” diferencia-se de outros domínios, inicialmente por ser restrito a indivíduos e empresas no país, e também por adotar recursos de segurança como autenticação em duas etapas (token), resolução de DNS com garantia de segurança e criptografia (DNSSEC).

A resiliência é aumentada com as numerosas cópias de servidores que possui no Brasil, além de manter servidores estrategicamente espalhados pelo mundo (Estados Unidos, Europa e Ásia).

“Outra razão relevante para registrar um ‘.br’ é saber que o NIC.br investe suas receitas em ações que visam a melhorar a Internet no Brasil. Além de manter a estrutura técnica de excelência para atividade principal de registro e publicação de nomes de domínio, retribuímos a confiança dos brasileiros promovendo atividades como implementação e operação de Pontos de Troca de Tráfego Internet, cursos de capacitação para diversos profissionais, produção de pesquisas sobre o uso da Internet, entre tantas outras ações e projetos”, diz Getschko. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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