Grupo TIM diz que propostas por rede fixa ainda são “insuficientes”

Nem o banco estatal CDP, nem o fundo KKR chegaram no preço mínimo para abrir negociações, avisou do Grupo TIM, que aceita receber novas propostas até 9 de junho.

Crédito: Freepik

O Grupo TIM, da Itália, recusou as duas ofertas feitas que recebeu pelos ativos de rede fixa, uma do banco estatal CDP e outra do fundo KKR. O conselho de administração do grupo, que é dono da TIM no Brasil, afirmou que as propostas “ainda não são adequadas”.

Não é a primeira vez que a o conselho recusa as ofertas não vinculantes. Já o tinha feito em março, quando iniciou o leilão.

“Diante da prontidão expressada por ao menos um dos licitantes para melhorar a oferta não vinculante, o conselho decidiu aguardar a nova proposta até 9 de junho”, avisou a empresa nesta quinta-feira, 4.

A venda de ativos é de interesse da holding para reduzir as dívidas. O Grupo tem endividamento bruto de 31,68 bilhões de euros (R$ 177,57 bilhões).

A venda da NetCo, como é chamada provisoriamente a unidade de rede fixa do grupo, foi planejada por Pietro Labriola, ex-CEO da TIM Brasil, e aprovada pelo Conselho de Administração. A ideia é promover uma separação estrutural da companhia, que passa a ser responsável por unidade de clientes, B2B, móvel, e Brasil.

O movimento de separação estrutural não é uma novidade no mercado de telecomunicações. No Brasil, a TIM segregou a infraestrutura de fibra óptica de última milha, cujo controle foi vendido para o grupo IHS, formando assim a I-Systems. Labriola ajudou a formatar o negócio quando era CEO local.

De modo semelhante, a Telefônica Vivo criou uma empresa de fibra com atuação no país, exceto em São Paulo, a Fibrasil. Depois, vendeu 50% ao fundo canadense CDPQ. E, por fim, o primeiro movimento no mercado brasileiro do tipo foi da Oi. Movida pelo alto endividamento e recuperação judicial, a Oi criou a V.tal e vendeu o controle a fundos do banco banco BTG Pactual.

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Rafael Bucco

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