Grupo TIM avalia extensão do prazo de negociação com a KKR
Como antecipado pela imprensa internacional, o fundo norte-americano KKR, interessado na aquisição do ativo de rede fixa do Grupo TIM (antiga Telecom Italia), solicitou à operadora italiana uma extensão do prazo de negociação.
O pedido é para que o prazo, que termina no dia 30 de setembro, seja adiado até o dia 15 de outubro.
Em comunicado divulgado ao mercado nesta sexta-feira, 22, o Grupo TIM informou que o conselho de administração avaliará o pedido em reunião na próxima quarta-feira, 27.
“A TIM informa que, como parte de suas negociações em andamento com a Kohlberg Kravis Roberts & Co. L.P. (“KKR”), recebeu uma solicitação da KKR para estender o período de exclusividade até 15 de outubro, a fim de concluir as atividades preparatórias e apresentar a oferta vinculante”, diz trecho da curta nota divulgada pela companhia de telecomunicações.
Embora nem o Grupo TIM, dono da TIM Brasil, nem a KKR tenha dado detalhes dos motivos por trás do pedido de extensão do prazo, ventila-se que o prolongamento por duas semanas se deva a procedimentos do governo da Itália.
Por meio de um decreto, o Tesouro do país foi autorizado a entrar com 2,2 bilhões de euros (aproximadamente 11,44 bilhões) no negócio, no sentido de se tornar sócio minoritário da NetCo, nome provisório da unidade de rede fixa à venda pela TIM.
No entanto, para proceder com a operação, o Tesouro italiano precisa de um aval do tribunal de contas, o que só deve sair em outubro. Com isso, a KKR, que ganhou o período de exclusividade de negociações após apresentar uma proposta maior do que a do banco estatal CDP, agiu para tentar alongar o prazo de apresentação da oferta vinculante.
A venda da NetCo – unidade composta pela FiberCop, de infraestrutura de fibra óptica, e pela Sparkle, de cabos submarinos – é uma tentativa de o Grupo TIM reduzir o endividamento da companhia – até junho, a dívida líquida somava 26 bilhões de euros (aproximadamente R$ 135 bilhões).
Nesta semana, a operadora emitiu 750 milhões de euros (R$ 3,9 bilhões) em títulos. Os recursos devem ser utilizados para cobrir dívidas de curto prazo.