Grupo Telefónica vende controle da rede neutra de fibra no Peru
O Grupo Telefónica informou nesta sexta, 7, que vendeu 64% do capital da Pangea, sua empresa de rede neutra de fibra óptica no Peru. A companhia permanecerá com so 36% restantes. Os compradores foram o fundo de investimento norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR) e a operadora Entel Perú.
O negócio prevê ainda que a Telefónica Perú e a Entel repassem alguns ativos de fibra próprios para a Pangea. A venda prevê também que Telefônica peruana e a Entel tenham direito de usar os serviços de atacado da Pangea. Os detalhes financeiros da venda da rede neutra do grupo no Peru não foram revelados.
Segundo a Telefónica, a venda se deu por preço equivalente a 20x o OIBDA, o lucro operacional antes de impostos, depreciações, amortizações e juros. O resultado do negócio para o Grupo Telefónica será redução de 200 milhões de euros em sua dívida. Atualmente, a holding tem endividamento líquido de 26,4 bilhões de euros.
Além disso, a empresa diz que vai receber outros pagamentos ao longo dos próximos quatro anos, contados a partir do fechamento do contrato, o que ainda levará semanas para se concretizar por depender de aprovações regulatórias.
A Pangea foi criada com a rede de acesso em fibra da Telefónica Peru em 2020. Faz parte da mesma estratégia que resultou na criação da Fibrasil: segregação de ativos a fim de monetizá-los, contribuindo para redução da dívida global e dos investimentos em infraestrutura.
O relacionamento da tele com o fundo KKR é antigo. Unidade semelhante, de rede fibra óptica, foi constituída também na Colômbia pelas duas em 2021. Neste caso, com o fundo detendo 60% das ações. No Chile há outra empresa, a OnNet, com mesmo modelo de negócio de rede neutra e também com o controle detido pelo KKR e os 40% restantes, pela Telefónica Chile.
Outro negócio foi a venda da Telxius, empresa de atacado internacional da Telefónica, para o KKR em 2017. A empresa foi recomprada pela Telefónica em 2022.
