Google anuncia medidas para campanhas políticas
Com a proximidade das eleições 2022, o Google anunciou nesta sexta-feira (15) que adotará um processo de verificação para as propagandas políticas em anúncios veiculados na ferramenta Google Ads. A medida faz parte de um pacote da empresa para combater a desinformação durante o pleito.
A mudança já está valendo e será obrigatória a partir de 17 de novembro. Com a novidade, todos aqueles que desejarem fazer anúncios em qualquer plataforma do Google sobre partidos políticos, titulares de cargos públicos eletivos e candidatos terão fornecer documentos que mostre quem alega ser. Se o anunciante não passar por este processo, ele ficará desabilitado a subir novas campanhas na plataforma.
“Sabemos que as eleições não serão um período fácil em 2022. As narrativas fraudulentas circularão com força, mas nossa ideia é chegar ao maior número de pessoas com a informação necessária para que a gente possa garantir uma eleição bastante pacífica, justa e legítima, declarou a secretária-geral da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Aline Osório.
De acordo com a política de anúncio do Google, a empresa exige que todos os anúncios eleitorais mostrem uma nota identificando quem pagou por eles. Para formatos maiores, a empresa pede que o anunciante gere uma declaração “pago por”, de acordo com as informações fornecidas durante o processo de verificação.
“Qualquer pessoa terá acesso detalhado sobre gastos, quantidade de anúncios, valor investido e outras informações a depender da base de dados coletada pela empresa com o processo de verificação”, informou a advogada e especialista em anúncios e plataformas de publicidade do Google, Natália Kuchar.
A partir do primeiro semestre de 2022, a plataforma também vai disponibilizar um relatório de transparência. Nele, as pessoas poderão consultar quanto foi gasto em propagandas, quantos anúncios foram exibidos e quantas pessoas foram atingidas.
O Google também vai limitar a segmentação para as campanhas eleitorais. Os anunciantes terão apenas acesso a filtros de localização geográfica, por gênero e faixa etária.
“Por regra, a empresa não permite segmentação política. Os anúncios na busca são direcionados com base no contexto, na palavra-chave que o usuário está procurando”, disse Kuchar.
Na preparação para as eleições, o Google tem uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2014.