Fundos elevam propostas por ativos fixos do Grupo TIM na Itália

Estatal CDP e KKR apresentaram novas propostas ao Grupo TIM pelos ativos de rede fixa na Itália. Conselho decide em 4 de maio se leva negociações adiante.

Crédito: Freepik

O conselho de administração do Grupo TIM confirmou nesta terça-feira, 18, rumores de que os dois consórcios de fundos interessados nos ativos fixos da empresa na Itália apresentaram novas propostas não vinculantes. A notícia circulou no fim de semana na imprensa local.

Terminava hoje o prazo para que os interessados melhorassem suas propostas, vistas até então como insuficientes pelo grupo TIM, que é controlado da TIM Brasil. A unidade brasileira não faz parte de nenhuma negociação, vale ressaltar.

Tanto o consórcio ligado ao banco estatal italiano CDP e ao fundo europeu Macquarie, quanto o grupo liderado pelos fundos KKR, reapresentaram propostas.

As duas ofertas não vinculantes serão agora examinadas pelo conselho de administração do Grupo TIM em uma reunião marcada para o dia 4 de maio, quando então o board decide com quem vai aprofundar negociações.

A venda de ativos é de interesse da holding para reduzir as dívidas. O Grupo tem endividamento bruto de 31,68 bilhões de euros (R$ 177,57 bilhões).

Separação estrutural

A venda da NetCo, como é chamada provisoriamente a unidade de rede fixa do grupo, foi planejada por Pietro Labriola, ex-CEO da TIM Brasil, e aprovada pelo Conselho de Administração. A ideia é promover uma separação estrutural da companhia, que passa a ser responsável por unidade de clientes, B2B, móvel, e Brasil.

O movimento de separação estrutural não é uma novidade no mercado de telecomunicações. No Brasil, a TIM segregou a infraestrutura de fibra óptica de última milha, cujo controle foi vendido para o grupo IHS, formando assim a I-Systems. Labriola ajudou a formatar o negócio quando era CEO local.

De modo semelhante, a Telefônica Vivo criou uma empresa de fibra com atuação no país, exceto em São Paulo, a Fibrasil. Depois, vendeu 50% ao fundo canadense CDPQ. E, por fim, o primeiro movimento no mercado brasileiro do tipo, foi da Oi. Movida pelo alto endividamento e recuperação judicial, a Oi criou a V.tal e vendeu o controle a fundos do banco BTG.

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Rafael Bucco

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