Fundo abutre Elliot quer 60% da Oi, diz WSJ
As negociações da diretoria da Oi com os bondholders, quando no final de março será apresentada uma nova oferta, com a entrega de ações da empresa já no primeiro momento, foi confirmada pelo CEO da operadora, Marco Schroeder, ao Wall Street Journal na sexta-feira. Conforme o executivo, as negociações irão atingir até US$ 10 bilhões da dívida. Hoje, o total da dívida da Oi em mãos externas é de US$ 20 bilhões.
Conforme o jornal, a proposta do banco Moelis & Co. que representa uma parcela dos bondholders, que juntamente com o egípicio Naguib Sawiris, ofereceu investir US$ 1,2 bilhão e converter a dívida de R$ 25 bilhões (ou US$ 7,8 bilhões) em equity, o que significa que esse grupo sairia com 95% da operadora, foi recebida com reticências pelo executivo. E um outro fundo está prestes a fazer uma nova oferta firme.
Conforme o noticiário, o fundo Elliot Management, do bilionário Paul Singer (que não aceitou o “default” dos títulos da dívida argentina), estaria pronto para oferecer R$ 9,2 bilhões por 60% da Oi. Outro grupo de bondholders, que rompeu com a Moelis, o Cerberus Capital Management , assessorado pela G5 Evercor,e também está preparando a sua proposta, a ser apresentada até o final de fevereiro.
A nova proposta sugerida por Schroeder tem o apoio de Nelson Tanure, o novo sócio da empresa, com 7% das ações, através do Societé Mondiale, e que disse estar disposto a injetar mais R$ 2 bilhões na companhia.
A primeira oferta feita pela operadora, que representaria um corte de 70% no valor dos títulos, e nenhuma ação da companhia imediatamente. E convertidos US$ 10 bi em novos bonds, com valor de face de US$ 3 bi, que poderiam ser convertidos em ações – com até 85% da empresa – após três anos foi rejeitada por todos.
A nova proposta, afirmou Schroeder, prevê papeis da companhia de imediato, mas menos dinheiro no futuro.