Falta de componentes e inflação afetam resultado da Nokia no 1º trimestre
A Nokia divulgou hoje, 28, os resultados do 1º trimestre de 2022, período no qual sentiu o baque da falta de componentes eletrônicos. O segmento em que apresentou maior restrição de insumos foi o de equipamentos para redes móveis. As receitas da área ficaram estáveis. Desconsiderando ganhos cambiais, no entanto, as vendas de produtos para redes móveis encolheram 4%.
As receitas com infraestrutura de rede fixa cresceram 14%. As receitas com nuvem e serviços de rede tiveram alta de 9% ano a ano. A única outra rubrica com desempenho abaixo do esperado foi a de licenciamento, que encolheu 16% – segundo o CEO Pekka Lundmark, devido a atrasos no fechamento de contratos que serão assinados de qualquer forma ao longo do ano.
Ao fim e ao cabo, a empresa apresentou receitas totais de € 5,34 bilhões, alta de 5% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Caso a valorização cambial seja desconsiderada, o faturamento cresceu apenas 1%. Já o lucro do trimestre foi de € 219 milhões, queda de 20% ano a ano.
Lundmark também atualizou as previsões para o ano. Sua expectativa é de que as vendas fiquem entre € 22,9 bilhões e € 24,1 bilhões. Para os próximos três a cinco anos, o executivo diz que a expectativa é de crescimento de apenas 4% dos mercados em que a Nokia atua.
“De modo geral, acho que tivemos um forte primeiro trimestre em termos de vendas e lucro. A demanda continua forte, e mesmo existindo os desafios relacionados à cadeia de suprimentos e inflação, temos confiança de que vamos entregar as metas do ano e de longo prazo”, disse no relatório financeiro divulgado.