Ericsson quer regras para a faixa de 6GHz em duas etapas

Para a fabricante sueca, a decisão de destinar toda a faixa de 6GHz para o serviço não licenciado este ano pode comprometer uma opção futura de usar parte desse espectro para os serviços móveis.

Terminou no final de semana a consulta pública número 82 da Anatel, que estabelece as condições técnicas para o uso da faixa de 6GHz. Nessa consulta, a agência destina 1200 MHz desse espectro para serviços não licenciados, ou seja o WiFi, atendendo, assim, aos fabricantes e operadores que reivindicavam toda a extensão do espectro para o WiFi6. A fabricante sueca Ericsson posicionou-se contrária à destinação de todo o espectro para o serviço não licenciado, sugerindo, na consulta pública, que a agência regule a sua ocupação em duas etapas, assim divididas:

Em 2021: Publicação dos requisitos associados à faixa 5925-6425MHz

Em 2023: Publicação dos requisitos associados à faixa de 6425-7125MHz

Conforme a fabricante, “Europa e China são exemplos de regiões/país que têm buscado o uso da faixa superior, de 6425-7125MHz, para serviços licenciados IMT. Este ecossistema deve se desenvolver durante 2021 e 2022, permitindo que a Anatel tome uma decisão para a segunda fase já levando em consideração aquilo que venha a se desenvolver como um padrão global de uso da faixa”.

Para a Ericsson, se a Anatel destinar agora toda a faixa para o WiFi6, irá criar uma condição “absolutamente irreversível” caso se queira no futuro destinar essa faixa para os serviços de telefonia móvel, ou o IMT. E ressalta que há “notória escassez de espectro em bandas médias para redes 5G”.

 

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Da Redação

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