Ericsson anuncia a demissão de 8.500 funcionários em todo o mundo
Na mesma semana em que anunciou a demissão de 1.400 funcionários na Suécia, a Ericsson confirmou, nesta sexta-feira, 24, que vai mandar embora 8.500 empregados em todo o mundo.
O corte, que tem a finalidade de diminuir custos, deve reduzir o quadro de pessoal da fabricante de equipamentos de telecomunicações em 8%. As dispensas, informou a companhia, serão realizadas neste ano e no próximo.
A Ericsson informou, no ano passado, que planejava reduzir os custos de produção em cerca de 9 bilhões de coroas suecas (aproximadamente US$ 860 milhões, ou R$ 4,44 bilhões) até o fim deste ano. O enxugamento das despesas também prevê o fechamento de instalações e a simplificação de processos de produção.
Em janeiro deste ano, quando divulgou os resultados financeiros de 2022, os quais apontaram queda anual de 17% no lucro líquido, a companhia sueca indicou que apostava na disseminação do 5G para seguir crescendo. Contudo, a empresa reavaliou o cenário, dizendo que o lançamento da quinta geração móvel tem sido mais lento do que o previsto.
A Ericsson destacou que o processo de desligamento dos funcionários no exterior será realizado com “justiça, respeito, profissionalismo e em conformidade com a legislação trabalhista local”. Na Suécia, no entanto, a empresa planeja pôr em prática um Plano de Demissão Voluntária (PDV), tendo em vista que as dispensas foram negociadas com os sindicatos trabalhistas suecos.
Em números absolutos, o corte anunciado pela Ericsson ainda é menor do que os implementados neste ano por big techs, como Google, Microsoft e Amazon. Todavia, até aqui, trata-se da demissão em massa mais volumosa a atingir o setor de telecomunicações em 2023.