Dona do Facebook, Meta terá chip e data center específicos para Inteligência Artificial

Companhia indica que novos projetos devem potencializar o treinamento de modelos avançados de IA
Chip para Inteligência Artificial está nos planos da Meta
Meta tem trabalhado em linha de chip para Inteligência Artificial (crédito: Freepik)

A Meta, proprietária de Facebook, Instagram e WhatsApp, está desenvolvendo uma linha específica de chips para sistemas de Inteligência Artificial (IA). A companhia também informou que tem investido em uma nova geração de data centers projetada para dar suporte a hardwares de treinamento de IA, além de desenvolver o seu próprio supercomputador capaz de treinar novos modelos com base nessa tecnologia.

“Esses esforços – e projetos adicionais ainda em andamento – nos permitirão desenvolver modelos de IA maiores e mais sofisticados e, em seguida, implantá-los com eficiência em escala”, afirmou Santosh Janardhan, vice-presidente e head de Infraestrutura da Meta, em um post publicado em um blog, na quinta-feira, 18.

Segundo o executivo, em razão dos avanços tecnológicos, a empresa tem repensado a maneira de usar a plataforma CodeCompose, um assistente de codificação generativo baseada em IA desenvolvido para tornar os desenvolvedores da Meta mais produtivos.

“Ao repensar como inovamos em nossa infraestrutura, estamos criando uma base escalável para potencializar oportunidades emergentes em áreas como IA generativa e metaverso”, sinalizou.

No caso dos processadores, o MTIA (Meta Training and Inference Accelerator), como é chamada a família de chips, deve fornecer maior poder de computação e eficiência do que as CPUs. Na prática, o chip deve potencializar o desempenho de sistemas de IA, trabalhando com menor latência e maior eficiência.

Segundo a Meta, o novo modelo de data center facilitará o treinamento aplicado por futuras gerações de hardware. “Este novo data center terá um design otimizado para IA, suportando hardware de IA refrigerado a líquido e uma rede de IA de alto desempenho conectando milhares de chips” para treinamento em escala.

Já o supercomputador de IA, apelidado de Research SuperCluster (RSC), foi projetado para ser a máquina mais rápida do mundo. Com 16.000 GPUs, o equipamento, diz a companhia, foi construído para treinar a próxima geração de grandes modelos de IA e alimentar novas ferramentas de realidade aumentada.

De acordo com Janardhan, olhando para o futuro, a empresa terá vantagens ao “projetar, construir e operar tudo”.

“Isso será cada vez mais importante nos próximos anos. Ao longo da próxima década, veremos maior especialização e personalização no design de chips”, assegura o executivo.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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