Dona da Claro, América Móvil vê lucro despencar 60,4% em 2022

No quarto trimestre, queda foi ainda maior (90%); companhia encerrou o ano passado com 300 milhões de clientes móveis e 73,28 milhões de assinaturas de serviços fixos
América Móvil vê lucro desabar em 2022
América Móvil vê lucro desabar em 2022 (crédito: Freepik)

Controladora da Claro, a América Móvil reportou, na terça-feira, 14, os resultados financeiros do quarto trimestre e do ano de 2022 de forma consolidada. Em ambos os períodos, a companhia viu o lucro líquido cair consideravelmente.

No ano passado, o lucro da empresa teve queda de 60,4%, passando de 192,42 bilhões de pesos mexicanos (aproximadamente R$ 53,51 bilhões), em 2021, para 76,15 bilhões de pesos mexicanos (R$ 21,22 bilhões), em 2022.

No quarto trimestre, a queda foi ainda maior. O lucro, na comparação anual entre os meses de outubro e dezembro, desabou de 131,98 bilhões de pesos mexicanos (R$ 36,74 bilhões) para 13,71 bilhões de pesos mexicanos (R$ 3,85 bilhões). Com isso, a baixa foi de 90%.

A receita da empresa, por outro lado, avançou 1,7% no ano passado, para 855,4 bilhões de pesos mexicanos (R$ 239,91 bilhões). No entanto, houve queda de 2,4% no quarto trimestre, quando somou 216 bilhões de pesos mexicanos (R$ 60,58 bilhões).

O EBTIDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 1,7% em 2022, chegando a 329,5 bilhões de pesos mexicanos (R$ 92,41 bilhões). O resultado positivo, no entanto, não se repetiu no último período do ano. No quarto trimestre, houve baixa de 4,4%, com o EBITDA ficando em 84,75 bilhões de pesos mexicanos (R$ 23,77 bilhões).

O lucro operacional teve alta de 2% no ano passado, somando 170,87 bilhões de pesos mexicanos (R$ 47,90 bilhões). Semelhante aos outros indicadores, registrou queda de 7,2% no quarto trimestre, totalizando 44,68 bilhões de pesos mexicanos (R$ 12,53 bilhões).

Clientes

A América Móvil informou que adicionou 1,5 milhão de clientes pós-pagos e 1,8 milhão de pré-pagos no quarto trimestre. No mesmo período, promoveu a desconexão de 4,1 milhões de clientes migrantes da Oi para a Claro, mas que não estavam gerando tráfego.

Com isso, a companhia encerrou 2022 com 300 milhões de assinaturas móveis (alta de 7,6% sobre 2021), sendo o Brasil responsável por 83,26 milhões de clientes, o maior mercado da empresa. Além disso, o número de clientes móveis no território brasileiro cresceu 18% na comparação com 2021.

No caso dos serviços fixos, as assinaturas ficaram praticamente estáveis em 73,28 milhões. O Brasil, mais uma vez, aparece como o principal mercado da América Móvil também neste segmento, com 24,13 milhões de assinaturas. Houve baixa, no entanto, de 4,6%, na comparação anual.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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