Desktop tem oscilação atípica de ações devido negociações de venda para a Vivo

Segundo site, negociações de venda da Desktop para a Vivo avançaram. Empresa diz que não fechou nenhum negócio que possa ser informado.

Loja Desktop

A CVM questionou a Desktop nesta sexta-feira, 24, o motivo da forte oscilação apresenta pelo papel da operadora na bolsa. O volume negociado saltou 9x em relação a ontem e valorizou-se 15,53%. A empresa respondeu acreditar que a oscilação se deu em função da notícia de que trava negociação com a Vivo para fusão.

Segundo a notícia do site Neofeed, as empresas conversam há tempos mas estariam agora mais próximas de um acordo definitivo, em que a Vivo pagaria um prêmio em relação ao valor atual das ações da Desktop.

Sobre isso, a provedora de internet, que é parceira de MVNO da TIM, afirma que não há nenhuma conclusão. “A Companhia esclarece que constantemente analisa oportunidades, visando ao desenvolvimento de suas atividades e à geração de valor. Contudo, esclarece-se que a Companhia não definiu a realização, nem termos e condições de quaisquer potenciais operações”, respondeu à CVM. Segundo o Neofeed, as negociações avançaram, mas não há ainda garantia que seja fechado.

Ao final do dia, após o envio de informação do xerife do mercado, a Desktop alcançou valor de mercado de R$ 1,83 bilhões, alta de 16,26% de suas ações, que passaram a R$ 15,87. Preço ainda distante dos R$ 26,12 registrados em 2021, logo após sua abertura de capital.

Anatel e Cade deverão ser informadas para analisar e decidir se aprovam ou não um acordo desse tipo, dando a palavra final.

A Desktop concentra operações no interior de São Paulo, onde atende em 184 cidades com fibra óptica e tem 4,4 milhões de casas passadas (aptas a assinar serviços de banda larga). Disso, 1 milhão são clientes. Já a Vivo tem banda larga por fibra em 443 cidades, 26,8 milhões de casas passadas e 6,3 milhões de assinantes no serviço óptico.

A Vivo, vale lembrar, tem experiência na consolidação de provedores de fibra, uma vez que comprou a GVT em 2015, empresa forte no Sul do país e que atendia clientes com redes FTTC e FTTH. Pagou à época R$ 20 bilhões, incluindo troca de ações. De lá para cá, fundos de investimento embarcaram na tese de crescimento inorgânico, estruturando grandes empresa de banda larga fixa a partir da união de provedores menores. Assim surgiram Alloha Fibra, do EB Capital, e Vero, do Vinci Parners, dois provedores que passaram com folga a marca de 1 milhão de clientes.

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Da Redação

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