Desktop e Telefônica Vivo confirmam negociações de fusão

Empresas soltam comunicados ao mercado para esclarecer que, apesar das conversas, não chegaram a nenhum acordo relativo a preço, estrutura ou demais termos e condições.

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Tanto a Desktop, quanto a Telefônica Vivo, divulgaram na manhã desta quarta-feira, 29, comunicados nos quais confirmam as negociações por fusão de operações. Segundo as empresas, não é segredo que ambas constantemente analisam oportunidades de mercado, porém, não existe qualquer decisão tomada em função das tratativas.

“A Telefônica Brasil S.A. vem informar os seus acionistas e o mercado em geral que está constantemente analisando oportunidades de mercado e investimentos alinhados com a sua estratégia, e que, atualmente, mantém conversas a respeito de potencial operação envolvendo a Companhia e a Desktop S.A.. A Companhia reforça que, até a presente data, não há qualquer definição ou formalização sobre uma operação”, diz o sucinto comunicado da operadora.

Já a provedora Desktop afirma que não se chegou a acordo sobre preço, estrutura ou demais termos e condições. E explica que “a Companhia, em conjunto com seus assessores, vem analisando oportunidades de maximizar o retorno a seus acionistas”.

Segundo o site Neofeed, que primeiro noticiou as negociações, a proposta à mesa prevê a compra da Desktop pela Telefônica Vivo pagando-se o preço das ações mais um prêmio, não revelado. Com isso, os papéis negociados em bolsa do provedor paulista saltaram de R$ 13,45 para R$ 15,68 na sexta, 24 de maio, e seguem em alta nesta semana. Já acumulam valorização nos últimos 5 dias de 21,76%, e são comercializadas nesta terça por R$ 16,45 (alta de 1,79% hoje, às 11h). O valor de mercado da empresa está em R$ 1,9 bilhão.

A Desktop diz que não há motivos para divulgar tais conversas, e conforme a legislação, só deve informar ao mercado a respeito de negócios que tenha decidido levar a cabo, justamente para evitar oscilação das ações.

“Caso a administração da Companhia decida sobre qualquer operação relevante, ela será devidamente comunicada ao mercado e submetida às aprovações societárias competentes”, resume.

Vale lembrar que o negócio, se fechado, deverá passar pelo crivo de Anatel e Cade.

A Desktop concentra operações no interior de São Paulo, onde atende em 184 cidades com fibra óptica e tem 4,4 milhões de casas passadas (aptas a assinar serviços de banda larga). Disso, 1 milhão são clientes. Já a Vivo tem banda larga por fibra em 443 cidades, 26,8 milhões de casas passadas e 6,3 milhões de assinantes no serviço óptico.

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Rafael Bucco

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