Delegacias poderão pedir bloqueio só do celular corporativo roubado
A Anatel deu mais 120 dias para adequação da plataforma de solicitação de bloqueio de celulares corporativos roubados ou furtados utilizada por delegacias e por operadoras. Originalmente, o prazo vencia em outubro.
Atualmente, as secretarias de segurança podem usar um site (CEMI-SSP) para solicitar às teles a suspensão de linhas e aparelhos, mas não conseguem pedir bloqueio unicamente do celular, sem afetar a linha. Com isso, a maior parte dos pedidos de bloqueio de celulares corporativos acaba acontecendo nas lojas das operadoras, afetando a contabilização de ocorrências, por exemplo.
A plataforma em questão será atualizada pela ABR Telecom e deverá permitir acesso às secretarias de segurança em todo o país.
O CEMI-SSP complementa a iniciativa Celular Seguro, coordenada pelo Ministério da Justiça, mas que é voltada apenas a pessoas físicas. No site ou app do Celular Seguro, os usuários podem solicitar o bloqueio do smartphone roubado, furtado ou extraviado, ou pedir o bloqueio de aplicativos relevantes, como os bancários. Todas as operadoras já integraram os sistemas e realizam os bloqueios.
Celular Seguro é para pessoas físicas
O Celular Seguro, no entanto, não abrange contas corporativas – estas dependem portanto do comparecimento do representante legal às lojas ou delegacias para solicitação de bloqueios. Segundo apurou o Tele.Síntese, há operadoras com a tecnologia já adequada para as solicitações independentes para as contas corporativas, mas há outras que ainda vão levar a tecnologia empregada com as pessoas físicas para as jurídicas.
Até o momento, constam no Ministério da Justiça a adesão de 11 estados ao Programa Celular Seguro: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Sergipe e Tocantins. Até o momento, o Programa Celular Seguro conta com 13 parceiros: Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Inter, Sicoob, Caixa, BTG Pactual, XP Investimentos, Santander, Safra, Banco do Brasil, Itaú, Sicredi, Bradesco e Nubank.
Até agosto, mais de 2,1 milhões de pessoas haviam se cadastrado no sistema, lançado em 19 de dezembro do ano passado, e 68 mil alertas de bloqueio foram disparados.