Portabilidade numérica: crescem os pedidos no país
A quantidade de pessoas que pediram para levar seu número de telefone a outra operadora voltou a crescer no primeiro semestre de 2017, na comparação com o mesmo período de 2016. Segundo a ABRTelecom, foram realizadas 2,57 milhões de migrações nos primeiros seis meses do ano. A entidade lembra que foram 2,18 milhões um ano atrás. Significa que a portabilidade numérica cresceu 17%.
Entre os meses de janeiro e junho deste ano, foram efetivadas 644 mil (25%) transferências de operadoras de telefonia para usuários de serviço fixo. Já para os clientes móveis, foi 1,93 milhão (75%). No primeiro semestre do ano passado, foram 618 mil (28%) solicitações no serviço fixo e 1,56 milhão (72%) para o móvel.
Conforme Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, o aumento da portabilidade evidencia o processo de transformação do mercado de telecomunicações. “Com a migração para o pós-pago e o usuário passando a ter apenas um único chip passa a ser mais importante manter o número”, explica.
Para as operadoras, a portabilidade é mais um elemento dos custo de retenção do usuário. Mas não é o mais importante, como lembra o executivo: “O volume de portabilidade no móvel no 1º semestre (2,6 milhões) representa menos de 10% dos que trocaram de operadora de celular neste período”.
Segundo trimestre
Nos meses de abril a junho foram feitas 1,36 milhão de migrações entre operadoras. No serviço fixo, 334,55 mil (24%) trocas foram efetivadas e 1,03 milhão (76%) no móvel. Em igual período de 2016, foram realizadas 292,84 mil (26%) migrações no serviço fixo e 821,55 mil (74%) no móvel. O total foi de 1,11 milhão de transferências entre abril de junho daquele ano.
Fixo x Celular
A portabilidade numérica passou a ser possível no Brasil em setembro de 2008. Desde então, 37,58 milhões de transferências foram feitas. Do total, 13,37 milhões (36%) relativas ao serviço fixo e 24,21 milhões (64%) ao móvel.