Claro prorroga venda de estações obtidas da Oi Móvel

A oferta foi disponibilizada no site de regulatório Claro e tem prazo de validade de dois meses a contar da data de publicação, 19 de janeiro

(Foto: Freepik)

A Claro informou ao Cade na última semana que prorrogou por mais dois meses a oferta de venda das estações radiobase que obteve com a aquisição de ativos móveis da Oi. O órgão regulador da concorrência havia mandado a empresa vender 42% das ERBs. Mas, diz a operadora, a oferta ficou no ar por seis meses sem que houvesse manifestação de qualquer interessado.

A oferta foi disponibilizada no site de regulatório Claro, tem prazo de validade de dois meses a contar da data de sua publicação (19 de janeiro) e contém a lista atualizada com as localidades, especificações técnicas e preços de cada ERB.

A proposta da Claro difere da apresentada pela TIM, que reduziu preços e permite a venda isolada dos sites. A Claro, por sua vez, só vende os ativos com os respectivos contratos de aluguel de espaço em torres de empresas terceiras.

Como a rival, a Claro também deu um grande desconto nesta nova oferta. Por exemplo, estações 3G/4G que antes custavam R$ 80,7 mil, agora estão à venda pela metade do preço: R$ 40,37 mil. Praticamente toda a lista tem desconto, mas há exceções.

A Claro diz que a proposta apresentada pode ser alvo de ajustes, a depender do interesse de potenciais compradores.

“Não obstante o disposto nesta Oferta Pública, caso algum Interessado deseje propor a aquisição de determinada(s) ERB(s) em condições diversas das aqui dispostas, a OFERTANTE se reserva o direito de avaliar tal possibilidade, a seu exclusivo critério”, informa.

Entre as ERBs disponíveis há modelos de Single RAN (que reúne na mesma antena todas as gerações), 2G, 3G, 4G e 5G. Os fabricantes são Nokia, Huawei e Ericsson.

A venda foi um dos remédio determinado pelo Cade em razão da compra por Claro, TIM e Vivo dos ativos móveis da Oi. Com a transação, a Oi saiu do mercado celular, o que reduziu a competição no segmento. O negócio se deu em meio à recuperação judicial da Oi, encerrada em dezembro.

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Rafael Bucco

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